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Cléber

Principal destaque do atlético na temporada, o goleiro Cléber teve como parte da formação uma espécie de estágio com o atual camisa 1 paranista Flávio. Em 2002, no primeiro ano como profissional, trabalhou ao lado do Pantera no CT do Caju. "O Flávio ajudava a gente sempre que podia. Falava algumas coisas, dava conselhos. Era uma relação legal", conta Cléber, quase 12 anos mais novo do que o campeão brasileiro de 2001. "Todo mundo reconhece que ele é um grande goleiro, que tem como principais pontos fortes a agilidade e a força, apesar de estar um pouco mais velho", elogia.

Mesmo com todo o respeito pelo ex-companheiro, o atleticano não pensa em outra coisa que não vencer hoje e, por tabela, manter a sina de Flávio depois que trocou de clube, de não vencer mais nenhum clássico na Arena. "Estamos numa fase na qual não podemos ficar mais perdendo pontos em casa. Se fizermos seis contra Paraná e Vasco praticamente eliminamos qualquer risco de rebaixamento", afirma.

Acostumado a enfrentar o Tricolor desde as categorias de base, Cléber prega muita cautela contra o rival. "Não chega a ser aquela rivalidade do Atletiba, mas é um clássico e acima de tudo temos que respeitá-los porque se trata de um time que cresceu muito."

O goleiro volta a disputar uma partida pelo Brasileiro depois de ter se contundido no segundo tempo contra o Palmeiras, há duas semanas. Desde que saiu, foram cinco gols sofridos – dois por Tiago Cardoso nos minutos restantes do empate por 2 a 2 com o Alviverde e os outros por Montoya na vitória de 4 a 3 sobre o Fortaleza.

Cléber já reassumiu a função na goleada de quarta-feira sobre o Nacional, pela Sul-Americana, e agora terá a missão de diminuir a média de gols sofridos no campeonato doméstico também, mesmo que para isso tenha até de se machucar novamente. "Pode ser que a lesão muscular nas costas tenha sido por causa do esforço, mas acho que foi uma fatalidade. De qualquer jeito, não dá para ir mais de leve nas bolas", completou.

Flávio

O goleiro paranista Flávio é especialista em clássicos Atlético x Paraná na Arena. Em todas as 12 vezes que os rivais se enfrentaram no modernizado Joaquim Américo, o Pantera esteve em campo. Desde 1999, foram sete confrontos defendendo a camisa vermelha e preta e outros cinco jogos segurando o rojão na meta tricolor.

"Clássico é sempre a mesma coisa. Um jogo diferenciado e que pode ser decidido em questão de segundos. Esse não é exceção", comentou o camisa 1, antes do treino na Vila Capanema. "Quando estava do outro lado, sempre era difícil vencer o Paraná. Agora, pelo Tricolor, as coisas não têm acontecido como queríamos", contou ele, que obteve suas três únicas vitórias no duelo na época em que atuava na Arena como anfitrião. Como atleticano, ainda empatou outras quatro partidas. Retrospecto distante do apresentado como ídolo máximo da torcida paranista: um empate e quatro derrotas na Baixada.

Mesmo com o time vindo de um revés em casa para o time reserva do Flamengo, Flávio procura mostrar otimismo contra o Atlético. "Não é por causa de uma derrota que está tudo errado aqui dentro. Estamos no topo do Brasileiro. Essa resposta nós podemos dar em campo contra nosso rival", afirmou, mantendo o hábito, adotado depois de sua conturbada saída do Furacão, de não citar o nome Atlético.

Além de elogiar o rendimento do Rubro-Negro e prever um bom duelo, ele exaltou o goleiro Cléber. "Ele é excelente, muito tranqüilo e tem mostrado um grande futebol. Pode chegar à seleção brasileira".

Para a partida, o lateral-esquerdo Edinho, liberado pelo departamento médico após a constatação de um cisto no tornozelo direito, ficará de fora. Ontem, o jogador surpreendeu treinando normalmente e afirmando estar se sentindo bem, mas Caio Júnior preferiu poupá-lo alegando que o atleta reclamou de dor. O volante Batista será deslocado para a vaga, pois o outro lateral, Eltinho, não tem condições físicas de agüentar os 90 minutos. Na zaga, Émerson sai para a entrada de Edmílson.

Em Curitiba

AtléticoCléber; Danilo, João Leonardo e Erandir; Jancarlos, Alan Bahia, Cristian, Ferreira e Michel; Dênis Marques e Marcos Aurélio. Técnico: Oswaldo Alvarez.

ParanáFlávio; Gustavo, Neguette e Edmílson; Peter, Beto, Pierre, Sandro e Batista; Cristiano e Leonardo. Técnico: Caio Júnior.

Estádio: Kyocera Arena.Horário: 16 horas.Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR)Auxs.: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Rogério Carlos Rolim.

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