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Cena do filme "Perfume - A História de Um Assassino" | Divulgação/Paris Filmes
Cena do filme "Perfume - A História de Um Assassino"| Foto: Divulgação/Paris Filmes

Sete jogos, pouco mais de um mês na Vila Capanema e Dinélson já fala com convicção: "Daqui só saio vendido!" É um recado para o Corinthians, equipe que emprestou o baixinho de 21 anos ao Paraná até o fim do ano, mas que, se quiser, pode levá-lo de volta para o Parque São Jorge em julho.

A revelação do Tricolor não quer voltar para São Paulo, muito menos jogar novamente no Timão. Um dia depois de mais uma grande atuação, na vitória do Paraná sobre o Potosí, por 2 a 0, só compara a fase atual ao seu início de carreira, no Guarani, quando ainda era apenas uma promessa com 17 anos.

"Foram os dois únicos clubes que me deram oportunidade de mostrar o meu trabalho", compara.

No Bugre, o meia atuava no juvenil e, nos dias de jogos do profissional, virava gandula, uma imposição do então gerente de futebol Neto para que a gurizada fosse pegando o clima dos grandes jogos. Assim, na estréia do Nacional de 2003 ele estava à beira do gramado para ajudar na reposição da bola na partida contra o Vasco e, na semana seguinte, já jogava pelo time titular do Guarani. "Sete meses depois estava no Corinthians", conta.

Uma mudança tão rápida que, se na época pode ser considerada um dos motivos para que Dinélson nunca tenha estourado no Timão, hoje colabora para a boa fase do jogador no Paraná.

"Nesse período eu aprendi muito. Já estou acostumado com os elogios e também com as críticas. Sei de tudo o que o futebol pode me dar", afirma o jogador, que não esconde a mágoa por sempre ser cobrado sem nunca ter chances reais para jogar no Alvinegro paulista.

"Um dia ainda quero ter a oportunidade de falar sobre isso. Se contar os três anos de Corinthians, todo o tempo que fiquei em campo deve ter dado uns sete jogos inteiros. No Paraná, fiz isso em um mês. Não há como mostrar futebol se não te dão oportunidade", afirma o jogador.

Por isso, o Paraná já é a casa de Dinélson. O grupo tricolor, a nova família do rapaz. Zetti, Silas, o preparador físico Fernando Moreno, uma extensão da figura paterna, aquele que afaga ou cobra de acordo com a necessidade. Por enquanto, é só carinho com o menino prodígio.

"Aqui ele teve um casamento perfeito com o grupo. Os companheiros entendem como ele joga. Talvez esse seja um dos motivos dele estar se destacando", afirma Zetti, o principal responsável pela vinda do atleta para o Tricolor.

Dinélson já esqueceu até que no Paraná o salário é metade do que quando estava em São Paulo e que aqui está longe da família e da namorada. O meia só pensa em jogar bola, fazer do recomeço de sua carreira algo ainda mais audacioso: "Sonho em poder jogar a Olimpíada de Pequim. Tenho idade para isso". Futebol também.

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