“O Botafogo fez o que quis”, diz Vanderlei, exceção no Coritiba

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"Erramos muitos passes". A frase foi repetida por Luciano Amaral, Renatinho e Marcelinho Paraíba, no intervalo da partida de ontem, para justificar a fraca atuação do Coritiba, quando a derrota para o Botafogo era por 1 a 0. Mais que a ineficiência na troca de passes, porém, o primeiro tempo do Alviverde foi marcado pela inoperância de toda a equipe, estancada no campo de defesa. O revés coloca o time novamente flertando com a ZR.

Boa atuação, somente a do goleiro Vanderlei, que, com grandes defesas, impediu uma goleada. "Deixamos eles fazer o que quiseram", disse o arqueiro. Os donos da casa ignoraram o fato de terem, até então, o pior rendimento dentro de seus domínios (antes da vitória sobre o Coxa, haviam vencido apenas cinco vezes em 16 jogos). De­­pois de pressionar por 37 minutos, o Alvinegro abriu o placar na tabela entre o meia Renato e o lateral Diego. Renato recebeu na esquerda e chutou cruzado no canto direito de Vanderlei.

Três minutos depois, o árbitro Wilton Pereira Sampaio anulou o cabeceio ao gol de Fahel, porque viu falta de ataque de Reinaldo, fora do lance. Antes, aos 14 minutos, havia acertado ao marcar o gol em impedimento de Jobson. Mas, errou na etapa complementar, ao não assinalar o impedimento de Lúcio Flávio, que recebeu a bola depois do rápido contra-ataque de Reinaldo. O meia botafoguense não perdoou, fintou Ângelo, chutou cruzado da esquerda e fez um golaço, na gaveta, aos 22 minutos.

O segundo gol acabou com os ânimos do Coritiba, que voltara a campo bem mais ofensivo e dominava a partida. Apenas nos primeiros 15 minutos da etapa complementar, criou mais chances de gol que em todo o primeiro tempo. O Alviverde poderia descontar se o árbitro marcasse o pênalti de Wellington em Thiago Gentil, aos 45 minutos. O juiz interpretou que o lance foi fora da linha de fundo. "Foi uma das piores atuações nossas fora de casa", resumiu Pereira.