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24 anos e seis Olimpíadas depois o Brasil conseguiu voltar a final no torneio olímpico de futebol masculino com chance real de conquistar a inédita medalha de ouro.

Mas o país também voltou a despertar o otimismo no torcedor não só pela sequência de vitórias (nos bem cuidados gramados ingleses), algumas com dificuldade outras nem tanto, mas pelas revelações que surgiram; por diversos jogadores que se firmaram em suas posições como titulares absolutos e pelo futebol apresentado na configuração tática desenhada por Mano Menezes.

Ainda está longe do ideal, e até o técnico admite que o caminho a ser percorrido é longo. Entretanto, após diversos fracassos na tentativa de ganhar a medalha de ouro e as decepções nas duas últimas Copa do Mundo, a atual equipe mostrou potencial para realizar o sonho olímpico no majestoso Estádio de Wembley, em Londres e, sobretudo, recuperar o favoritismo para o grande objetivo em 2014.

O planejamento do time foi realizado, faltando alguns retoques que acontecerão naturalmente nos próximos dois anos, porém mostrando agora boas possibilidades para a final de sábado frente ao México.

Na partida de ontem a novidade foi o ex-atleticano Alex Sandro para reforçar a marcação e a ocupação de espaço no meio de campo. Funcionou, tanto que – mesmo nos momentos de pouca intensidade da seleção – a Coreia do Sul não conseguiu evoluir, ameaçando escassas vezes a meta brasileira. O problema é que com a saída de Hulk e a limitação técnica do ala Rafael, o time ficou torto, sem jogadas pelo lado direito, mas acabou dando certo graças ao elevado gabarito de craques como Thiago Silva, Marcelo, Oscar e Neymar, com as conclusões de Rômulo e Leandro Damião.

Desde o fim das carreiras de Romário, Ronaldo e Adriano a seleção não encontrava um substituto à altura, pois Luís Fabiano sucumbiu junto aos demais no último Mundial, e os novos candidatos a centroavante fracassaram.

Na vida de cada de um de nós existe esse sonho de ser o grande centroavante. A cada momento de dificuldade, esperamos o gol salvador, o lance genial, instantâneo e inesperado que desvendará o enigma insolúvel. E não há prazer e felicidade que se compare a esse momento, quando o homem-gol resolve a parada, fazendo jus ao apelido, ganhando o próprio jogo da vida.

Os centroavantes são parte de uma categoria abençoada, mas também pagam um alto preço por isso. Podem ser erguidos nos ombros após o triunfo e a glória, como podem ser perseguidos ou desprezados se não cumprirem seu portentoso destino. Todos os centroavantes sabem que não se salvam de nossa ira quando não nos salvam de nosso próprio medo.

Artilheiro do jogo e da Olimpíada, o paranaense Leandro Damião vive o seu momento de glória com a redescoberta de gols decisivos para a seleção.

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