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Extracampo Parceria no Norte; esperança no Barigüi

Dos oito clubes desclassificados no Estadual, apenas três ainda não definiram o que farão com seus elencos: J. Malucelli, Londrina e Roma. O primeiro está concentrado em tentar parar a competição em dois processos na Justiça: o de seu jogo contra o Rio Branco e a denúncia contra o Rio Branco e Cascavel por suspeita de utilização de jogadores irregulares. Já Londrina e Roma devem anunciar uma parceria para 2008.

Mesmo rebaixada, a equipe de Apucarana tem uma vaga na Copa do Brasil do ano que vem e na Série C deste ano, que seria disputada pela fusão. O único problema é como escapar da Segunda Divisão no Estadual. Peter Silva, presidente do Londrina, conta qual a saída encontrada.

"O Roma é uma empresa e pedirá licença das competições estaduais por dois anos", afirma o dirigente. Ele garante que, com a parceria, não haverá mudança nem mudança na cor da camisa nem no nome do clube. (MR)

O presidente do Nacional, José Danílson, desabafa: "Time pequeno só existe de teimoso. Para ser sincero, é melhor nem ter profissional".

Rebaixado no Estadual, o clube de Rolândia ameaçou até fechar as portas. Mas como conseguiu diminuir rapidamente a folha de pagamento, mudou de idéia e se conformou em voltar à Segunda Divisão do Paranaense. "É até melhor jogar a Segundona. Vou só com a molecada, o gasto é menor e dá menos dor de cabeça", completa Danílson.

Nem bem soube do rebaixamento, o Nacional rescindiu contrato com 16 atletas, tenta emprestar outros três que têm vínculo maior, e anunciou como se tirasse um peso das costas: "Profissional só em abril ou março de 2008".

Em cinco meses, lá se foram R$ 200 mil. Mais da metade disso Danílson afirma ter retirado do próprio bolso. Para subtrair, R$ 50 mil de patrocínios na cidade e a esperança que a Federação Paranaense repasse outros 40 mil prometidos de parte da publicidade vendida do campeonato e direitos de transmissão de tevê.

A dificuldade é basicamente igual a uma boa parcela dos clubes do interior. A solução dos desclassificados, também: conseguir ao menos uma boa negociação para sair do vermelho.

Na Portuguesa Londrinense, que escapou do rebaixamento na última partida, a esperança é Sapo, um garoto de 17 anos que já atuou no profissional e está sendo negociado com o exterior. "Esse já paga todo esse dinheiro aí", afirma Amarildo Vieira Martins, o presidente do clube.

O custo da equipe para o Paranaense chegou a R$ 250 mil e para não aumentar nesse período de inatividade, a saída também foi se desfazer do elenco. Hoje, a Lusinha só tem dois jogadores para pagar salário, o resto foi emprestado por 90 dias para o interior de São Paulo ou do Paraná, para clubes que disputarão as divisões de acesso.

O tempo de empréstimo é o que está sendo utilizado também pelo restante dos clubes que não tem mais atividade no primeiro semestre: Engenheiro Beltrão, Iguaçu e Iraty – J. Malucelli, Londrina e Roma ainda não decidiram sobre o futuro (leia texto ao lado). Três meses é o mínimo exigido pela Fifa por um empréstimo e o suficiente para que os atletas emprestados voltem para uma nova saga, a I Copa Paraná.

Por isso o período livre até julho servirá para cada um tentar garantir algum tipo de receita antecipada para disputar uma competição com um cheiro maior de prejuízo que o próprio Paranaense.

"Com certeza dará prejuízo, mas vale uma vaga para a Copa do Brasil e na Série C, né?", afirma Hirohito Nigazake, presidente do Iguaçu, que tem como umas das opções para conseguir caixa receber o dinheiro prometido pela Federação. "Alguma coisa tem de voltar de lá. Vamos a Curitiba cobrar, mas não vamos muito confiantes."

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