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Francisco Zanetti, ao lado dos pais Irene e Joni, da irmã Bárbara e do cunhado Rodrigo Papov, em um brinde ao centenário: família estará hoje no Couto, assistindo ao jogo encostada na mureta do fosso, no piso inferior da Mauá | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Francisco Zanetti, ao lado dos pais Irene e Joni, da irmã Bárbara e do cunhado Rodrigo Papov, em um brinde ao centenário: família estará hoje no Couto, assistindo ao jogo encostada na mureta do fosso, no piso inferior da Mauá| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo
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Quando entrar no Couto Pereira hoje, a família Zanetti iniciará um ano especial no seu acompanhamento ao Coritiba. Normalmente, o Coxa já muda a rotina de seu Joni, dona Irene, dos filhos Francisco e Bárbara e do cunhado Rodrigo. Mas o aniversário de 100 anos do clube que já inspirou a pintura verde e branca para a casa de praia da família promete fazer da rotina deles, principalmente de Irene, ainda mais corrida a partir do duelo das 19 horas, contra o Iraty, pela rodada inaugural do Paranaense.

Afinal, nos domingos de jogos é ela que acorda mais cedo para adiantar o almoço. E, depois, é ela também a "psicóloga" da casa, quem controla a alegria pela vitória ou consola na tristeza da derrota.

"Mas que ela (a derrota) não venha", pede dona Irene, que lembra ter sido por isso que começou a torcer pelo Alviverde. "Nunca fui muito de futebol, mas quando o Coritiba perdia isso aqui virava um terror".

O filho chegava em casa revoltado. O marido, calado. E a filha, sem o então namorado Rodrigo (hoje marido), já que brigavam no meio do caminho.

Joni, agora com 57 anos, não poderia imaginar isso quando pisou pela primeira vez no Couto Pereira, levado pelo pai e o tio, há 50 anos. "Ali eu aprendi que para fazer uma criança torcer por uma clube tem de levar no estádio. Depois, contar umas boas histórias, nem todas necessariamente verdadeiras", recomenda, rindo.

Ele jura que tudo o que contou para a reportagem de fato aconteceu. Como sobre as partidas que o Alviverde ia jogar em Paranaguá, contra o antigo Seleto. Ele ia de trem com os amigos às 7 da manhã e voltava só às 19 horas. Coisa normal, até o dia em que foram cercados na praça pelos parnanguaras e acabaram salvos pelo ponta-direita da antiga equipe do litoral, que os reconheceu da arquibancada. Era outra época.

"Briga era raro, só havia quando íamos para outras cidades. A rivalidade era essa. Hoje, está uma barbárie", diz Joni, que estava na partida contra o Marília, em 2007, de briga generalizada com a polícia. "Cheguei em casa com os olhos vermelhos pelas bombas, e foi sorte ainda".

No jogo de hoje, contra o Iraty, a família deverá ficar no Cornetas do Fosso. Com a turma, Francisco e Rodrigo já viajaram para jogos fora, e tomaram muita cervejas enquanto "dormiam" na fila à espera do ingresso. Todos são sócios, mas sabe como é, quando o clássico decisivo é na Arena ou na Vila...

Aliás, Rodrigo não poderia ter encontrado mulher mais adequada a ele do que Bárbara, e vice-versa. Foi conquistado por ela quando recebeu de presente uma fita cassete com a gravação do disco "Coritiba Campeoníssimo", de 89 – Francisco ajudou com a peça, prevendo já o futuro companheiro de torcida. Assim, naturalmente o casamento. E, claro, foram morar a uma quadra do Couto Pereira.

Falta espaço na memória da família para tantas histórias. Mas sobra um coro único na hora de opinar sobre o ano do centenário: querem títulos. O Paranaense e mais outro, pedem. Depois, começar logo a construção do novo estádio.

"Com o novo Couto e ganhando títulos, toda essa piazada nova vai começar a torcer para nós. Logo ultrapassamos o Atlético", dá receita Joni.

E anote aí, afinal, sobre fazer torcedores seu Joni entende muoto bem.

Na TV

Coritiba x Iraty, às 19 horas, no Premiere FC.

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