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Weggis, Suíça – Se alguém duvida que Carlos Alberto Parreira vai apostar no quarteto ofensivo até o fim da Copa do Mundo, certamente cogitou a entrada de Edmílson na equipe. O volante do Barcelona surge hoje como a principal sombra para o badalado esquema da seleção brasileira.

A fama de jogador que traz equilíbrio tático ajuda esse paulista, de 29 anos. Foi assim, por exemplo, no Mundial de 2002. Quando ele se acertou no esquema com três zagueiros, a partir do jogo com a Costa Rica, tornou-se figura importante para a arrancada do penta – time de Felipão sofreu apenas um gol nos quatro jogos do mata-mata.

Em Weggis, o atleta deixa visível a motivação para ganhar essa vaga – até porque jamais foi feito um teste de peso com a formação com o quadrado mágico (apenas no jogo com a Venezuela, em outubro). Na atividade com bola de quinta-feira, por exemplo, recebeu e deu o revide a um lance mais duro de Adriano.

"Eu encaro treino com seriedade. Dessa forma cheguei aqui", diz.

Quando perguntado sobre a possibilidade de se tornar titular, ele primeiro elogia os companheiros, exalta do desenho tático, mas no fim deixa explícito a certeza de que irá ter uma chance na Alemanha.

"O time que está jogando vive um bom momento. Tem feito grandes jogos. Mostra um futebol bonito, pra frente, espetáculo... Eu já estou feliz de estar aqui, pois passei momentos difíceis antes da Copa, com 8,5 meses parado (ruptura do menisco do joelho direito). Estou satisfeito, mas não o suficiente – quero jogar claro. No momento certo, quando eu tiver minha oportunidade, vou dar o melhor pelo Brasil", avisa.

Tido como polivalente (joga no meio, zagueiro e até lateral-direito), Edmílson considera esse o seu grande trunfo para sair do banco.

"Parreira deixou bem claro que eu fui convocado como volante. No entanto, durante algum jogo, posso ser utilizado na defesa também", explica. "Jogar em duas posições, quem sabe até três, é muito bom. Dá opção a mais para o treinador durante os 90 minutos."

A sombra do "quadrado mágico", dentro da sua estratégia de ganhar espaço, também aprova os trabalhos de recuperação física adotados pela comissão técnica.

"Tem seleção que prefere jogar, caso da Croácia, com uma série de amistosos programados. Nós pensamos em chegar bem na final. Preferimos então os treinos, algo mais cauteloso. Porém estamos preparados desde já. Aliás, com os jogadores que temos, quem estiver despreparado melhor não entrar em campo", atesta.

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