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Para Ney Franco, técnico do Coritiba, não houve partida melhor do que o Atletiba no Estadual. No empate por 1 a 1 com o Atlético, domingo, na Arena, a equipe do Alto da Glória foi superior e esteve bem mais perto da vitória do que o rival.

Méritos para o treinador mineiro. Com o mesmo sistema que vem sendo aplicado desde o início da competição, o Alviverde superou a marcação dos três volantes adversários com muita movimentação.

Rafinha, Renatinho e, principalmente, Marcos Aurélio mexeram-se por todos os lados do campo ofensivo coxa-branca. Quan­­do necessário, o apoio dos volantes Marcos Paulo e Leandro Do­­nizete também colocaram a defensiva atleticana em apuros.

Sabendo da fragilidade do sistema de criação ofensiva do Furacão, Franco priorizou a posse de bola do seu time. Segurou os laterais Fabinho Capixaba e Triguinho, mas fez com que o seu meio de campo sempre procurasse o jogo.

Segredos do time líder do Paranaense com 26 pontos em 33 possíveis – aproveitamento de 78%. Campanha capaz de praticamente assegurar os benefícios do supermando para o octogonal decisivo do Pa­­ra­­naense 2010.

Situação bem diferente da vivida pelo adversário no clássico de domingo. Sem o meia Tartá, suspenso, a equipe de Antônio Lopes ficou desequilibrada. A ideia de segurar Chico para fechar o lado esquerdo liberando Márcio Azevedo não deu certo. Na faixa direita, Gerônimo decepcionou novamente.

Como o meio recheado de volantes quase nada produz, o pouquíssimo poder de municiar os atacantes Bruno Mineiro e Javier Toledo deixa o Atlético refém das bolas paradas de Netinho. Sem o armador em campo no segundo tempo, nem os perigos de cobranças de faltas e escanteios os atleticanos conseguiram levar.

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Operário-padrão - Marcos Paulo (Coritiba)

A revelação de 20 anos é uma das boas surpresas do Paranaense. Volante alto, forte e de habilidade, Marcos Paulo alia uma boa saída para o ataque com a forte marcação. No clássico não apenas ajudou anulando as principais peças do rival como deu boa assistência ao setor de criação coxa-branca.

Gênio - Ney Franco (Coritiba)

Fez o Coritiba jogar quase o tempo todo no campo do Atlético. Promovendo a movimentação constante de Rafinha, Renatinho e Marcos Aurélio, deixou o adversário atordoado. Só não conseguiu a vitória pela sua equipe ter cometido a falha de ceder um gol de cabeça após cobrança de escanteio.

Professor Pardal - Antônio Lopes (Atlético)

Totalmente dominado pelo Coritiba, não abriu mão dos três volantes em nenhum momento do Atletiba. Com Valencia, Chico e Alan Bahia quase só marcando, viu seu esquema ruir de vez quando quis ficar só segurando o resultado com a entrada de Paulo Baier no lugar de Netinho ao invés de tirar um dos seus cabeças de área.

Peladeiro - Gerônimo (Atlético)

Aposta pessoal do diretor de futebol Ocimar Bolicenho, o camisa 2 ainda não deu a resposta esperada na temporada 2010, apesar de ter tomado a vaga que inicialmente seria de Raul. Frágil no apoio ao ataque, Gerônimo viu-se totalmente envolvido no Atletiba. Enquanto esteve em campo, o hábil Renatinho deu um baile no atleticano.

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