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Com o pedido de demissão de Jonathan Zaze, Paraná fica sem médico | Divulgação Paraná Clube
Com o pedido de demissão de Jonathan Zaze, Paraná fica sem médico| Foto: Divulgação Paraná Clube

Como se não bastasse a crise financeira, acentuada com a declaração do gerente de futebol Marcus Vinícius após a derrota no clássico com o Atlético, domingo (8), agora o Paraná tem outro problema a resolver: a falta de médico.

Único profissional do clube desde maio de 2014, Jonathan Zaze pediu desligamento na noite de segunda-feira (10) por não ter condições de trabalhar.

Entre os problemas que Zaze enfrentava no clube está a falta de medicamentos, como anti-inflamatórios e analgésicos, para o tratamento de jogadores lesionados. "Eu tinha de levar amostras grátis, porque não tinha remédios no estoque. Ou tinha que comprar e dar para o clube", recorda. Além da falta de remédios, Zaze relata que o clube não tem plano de saúde para os jogadores e funcionários.

Sem pessoas suficiente, como na fisioterapia e fisiologia, o médico teve de solicitar o fisiologista do departamento amador para trabalhar na equipe profissional no começo do ano. "Na base também falta profissional", relata.

O médico comunicou o desligamento ao clube segunda-feira por meio de uma carta. Assim que souberam do desligamento, jogadores e integrantes da comissão técnica ligaram para ele pedindo que ficasse no clube. Na resposta ao pedido de demissão, o presidente paranista, Rubens Bohlen, lamentou a saída, mas teria dito que não tem condições de atender aos pedidos do médico. "Como não via perspectivas de resolver os problemas, decidi sair. Não tem volta", sentencia.

Zaze começou a trabalhar na Vila Capanema ainda antes da fusão que deu origem ao clube, pelo Colorado, em 1989. Em 1998, o médico foi banido do futebol pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela acusação de ter dopado o lateral-direito Gil Baiano e meio-campista Luciano Viana, que foram suspensos por 120 dias.

Em 2003, Zaze teve a inocência provada e a punição suspensa pelo STJD no caso de doping. Em 2011, o médico voltou a trabalhar no Paraná. O retorno era uma das prerrogativas da ação trabalhista que o médico moveu em 1999 contra o Tricolor de problemas referentes à primeira passagem no clube.

Quando retornou, o médico fez um acordo com o então presidente Aquilino Romani para reduzir o valor da dívida de R$ 3 milhões para R$ 1 milhão. As parcelas do pagamento do processo estavam sendo feitas junto com o pagamento do salário do médico.

Entretanto, com o desligamento, o pagamento da dívida deverá ser renegociado novamente com a diretoria tricolor. "Vou sentar com meu advogado para resolver isso", finaliza Zaze.

A reportagem entrou em contato com o vice-presidente Aldo Coser, que afirmou que o assunto só poderia ser tratado diretamente com o presidente Bohlen, que não está atendendo as ligações da Gazeta do Povo.

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