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O Palmeiras foi o primeiro time a derrotar o Atlético na Arena da Baixada neste campeonato e mostrou que está adquirindo pigmentação para tornar-se campeão.

Cuca montou uma equipe forte na marcação, coesa e aguda na busca do gol. Uma equipe altamente competitiva sem ser tecnicamente brilhante. Até pelo contrário, a atual formação palmeirense está distante daquelas escalações dos áureos tempos da Academia, mas demonstrou apreciável espírito de luta.

O Atlético foi infeliz na jogada do gol, afinal Thiago Heleno e Hernani, entre os jogadores mais altos, perderam para Victor Hugo que cabeceou firme. Paulo André teve a chance do empate, mas daí o goleiro Jaílson defendeu bem. Aliás, os goleiros andaram trabalhando com eficiência, logo eles que substituem os titulares ilustres: Weverton na seleção olímpica e Fernando Prass lesionado.

O peso do líder foi sentido no conjunto da partida, já que por mais que se esforçasse e tentasse melhorar o rendimento ofensivo, o Furacão teve pela frente um adversário física e taticamente bem preparado.

Dentro das limitações conhecidas do elenco, Paulo Autuori tentou um pouco de tudo para melhorar o rendimento, mas não percebeu o esgotamento físico de Walter nos vinte minutos finais.

André Lima e Marcos Guilherme entraram e pouco acrescentaram no esforço para o empate.

Mesmo ritmo

Pachequinho saiu, Carpegiani entrou e o Coritiba segue no mesmo ritmo: jogou de igual para igual, mas encontrou muita dificuldade para sair de campo vencedor.

Foi assim em Belo Horizonte, onde realizou bom primeiro tempo, virou o placar e teve de lutar muito no final para não sair derrotado pelo Cruzeiro.

O posicionamento da retaguarda alviverde continua irregular e facilita as ações ofensivas dos adversários.

A mudança no comando técnico coxa-branca faz lembrar o romance “Il Gattopardo” do italiano Lampedusa. No cinema, Burt Lancaster interpreta o papel de Don Fabrizio, príncipe de Salina, que diante das transformações políticas e sociais da Itália no século dezenove fala para o seu sobrinho: “Algo deve mudar para que tudo continue como está”. Os políticos brasileiros adoram esse pensamento.

Lembrei dessa passagem ao tentar identificar as mudanças efetivas verificadas entre o time de Pachequinho e o time de Carpegiani. Só o meia armador Juan faz a diferença, lembrando que ele saiu da equipe porque protestou contra uma infeliz substituição promovida pelo ex-treinador e atual auxiliar técnico.

Portanto, a torcida não espere por mudanças transcendentais até o final do campeonato. Será suor, sangue e lágrimas até a última rodada.

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