O apelido de Espeto e Graveto, dado informalmente a Emanuel e Clésio no início dos anos 90, não dava muita esperança de um futuro promissor na areia para a dupla de vôlei de praia. Clésio não conseguiu reverter seu talento em títulos. Uma grave lesão de joelho o impediu de seguir no circuito profissional. Emanuel foi em frente. E decolou. Virou o número 1. O jogador a ser batido e copiado nas quadras de todo o mundo.
Aos 33 anos, Emanuel já ganhou praticamente tudo o que seria possível dentro de uma quadra de vôlei de praia. Oito vezes o circuito mundial, três vezes o campeonato mundial, cinco o brasileiro e mais uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, ao lado de Ricardo, seu parceiro desde 2002.
Para o próximo ano, Emanuel tem um objetivo bem definido. Quer conquistar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. O título do Pan é o único que falta na galeria do supercampeão, uma meta reforçada pela possibilidade de jogar perto de casa, com os pais torcendo na arquibancada, cena rara para quem está acostumado a rodar o mundo.
Mesmo ainda sem data para abandonar as quadras, Emanuel já tem planos para quando encerrar a carreira. Pretende desenvolver um projeto social ligado ao vôlei, em parceria com Giba. Uma fábrica de craques e cidadãos. De espetos e gravetos, que um dia podem dominar o mundo com uma bola de vôlei debaixo do braço.
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