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O Coritiba lançou seu plano de sócios em março de 2007, ainda na gestão Giovani Gionédis. Inicialmente com o nome de "Sou Sócio, sou Coxa", o programa foi rebatizado "Eternamente Coxa" em abril do ano passado, já na administração Jair Cirino. São quatro categorias para adultos, com preços variando entre R$ 35 e R$ 115 por mês, e três voltadas às crianças, partindo de R$ 15 e chegando a R$ 60. O clube possui atualmente um quadro associativo com 19.577 torcedores, entre integrantes dos planos, proprietários de cadeiras, camarotes e beneméritos. "Pretendemos fechar o ano do centenário com 25 mil sócios", ressalta Eduardo Jaime, diretor de marketing do clube.

Em quase todas as modalidades de associação, o coxa-branca ganha acesso livre aos jogos no Couto Pereira, entre outros benefícios. A exceção é o Eternamente Coxa Special, que dá desconto de 50% no valor dos ingressos, plano considerado ideal por especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo.

"O torcedor precisa ter facilidades, comodidade e pagar menos", explica Amir Somoggi, consultor e professor de marketing e gestão no esporte. "Permitir a entrada livre é um risco que eu não cometeria", acrescenta.

O Alviverde não informa quanto da receita vem da fidelização do público. Diz apenas que o faturamento cresceu. As vantagens, porém, são evidentes. Além de contar com uma receita fixa, o clube viu aumentar o consumo de produtos oficiais. As famílias também voltaram ao Couto. Consequentemente, a violência dentro do estádio diminuiu consideravelmente.

"Como fica se no dia do jogo chove? Ou, algo comum em Curitiba, faz frio? Não somos mais reféns da bilheteria", diz o diretor. "O plano de sócios se tornou um excelente patrocinador, hoje o maior do Coritiba."

O Coxa não pretende ter um estádio ocupado apenas por associados. O clube trabalha com uma margem estimada em 10 mil assentos para atender torcedores esporádicos e parceiros comerciais – ingressos de cortesia para colaboradores constam em contrato.

"Para mim é um caminho sem volta. O torcedor já percebeu que não basta torcer, tem de incentivar", comenta Jaime. (CEV)

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