Obsoleto, Tarumã cai para o segundo escalão do esporte

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Obsoleto em relação às novas arenas esportivas, o Ginásio do Tarumã será palco somente de competições de pequeno e médio porte. A casa do time de vôlei multicampeão Rexona na década de 1990 não tem mais condições de abrigar eventos do porte de uma Liga Mundial de Vôlei, por exemplo. A constatação é do atual secretário de Esportes do Paraná, Evandro Roman.

Ele recebeu em fevereiro a visita de integrantes da comissão organizadora do Mundial Fe­­mi­­nino de Handebol, que vieram da Eslovênia com a ideia de trazer a competição para Curitiba.

"Pe­­diram cadeiras numeradas, espaço exclusivo para mais de 100 pro­­fissionais de imprensa, que o teto não tivesse incidência solar, que os jogadores não passassem no meio da torcida e capacidade superior a 4 mil pessoas. O Taru­­mã só tem condições de receber competições menores por esses detalhes todos", afirma Roman.

Com isso, a organização da competição caiu no colo de São Paulo. "Imagine se fosse uma Liga Mundial de vôlei, que tem maior visibilidade?", indagou o secretário, garantindo que já existe um projeto orçado em R$ 5 milhões para colocar o espaço em ordem para abrigar torneios menores.

Depois de dois anos fechado, o último grande momento do ginásio foram os amistosos da seleção brasileira masculina de vôlei contra a Polônia, em setembro do ano passado.

A reforma só deve sair do papel em 2012, pois, segundo Ro­­man, o orçamento anual da secretaria é de R$ 8 milhões. Mesmo com os R$ 2,2 milhões gastos na reforma do teto, em de­­zembro de 2009, ele revelou que pleiteia uma verba maior para garantir as obras de melhorias do ginásio até dezembro de 2012. "Temos de trocar o piso e a parte hidráulica e elétrica. Isso é o básico", enumerou.

Habituado a trabalhar em competições da Fifa (é árbitro de futebol), em que o nível de exigência com as condições das praças esportivas é alto, o secretário diz que Curitiba necessita de uma arena moderna. Mas ele não considera a área do Tarumã a mais apropriada. Para erguê-la, teria de haver uma composição do governo com a iniciativa privada capaz de finalizar um orçamento robusto.