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Terminada a participação da ginástica rítmica brasileira nos Jogos de Pequim, na sexta-feira, as seis meninas da seleção – Daniela Leite, Luana Faro, Luísa Matsuo, Marcela Menezes, Nicole Müller (paranaense de Toledo) e Tayanne Mantovaneli – se refugiaram no quarto da técnica Monika Queiroz, dentro da Vila Olímpica. Queriam "tricotar", relembrar os momentos marcantes e dar risada dos erros que impediram o Brasil de se classificar à decisão do torneio – as atletas esqueceram o momento de trocar o aparelho, perdendo pontos fundamentais.

Apesar da descontração, o modesto 12º lugar, a última posição, não estava nos planos. A equipe pretendia ao menos igualar a participação de Atenas-04, quando terminou na oitava colocação. Na época a seleção era comandada pela londrinense Bárbara Lafranchi – a técnica deixou o time por causa de conflitos com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) ainda em 2004.

"Poderíamos ter ido melhor, sem dúvida. A média seria mais alta se não fossem os juízes no primeiro dia e as falhas no segundo", avaliou a atual treinadora, Monika Queiroz.

O Brasil marcou 29.125 pontos no total (14.900 nas cordas e 14.225 nos arcos e maças).

Um dia após a disputa, porém, a frustração já era coisa do passado. Deslumbradas com o ambiente olímpico, as novatas já fazem planos de chegar a Londres, em 2012, em melhores condições técnicas, o que facilitaria uma classificação à final. Do grupo, apenas a paulista Tayanne, a única que permaneceu dos Jogos de Atenas, pode ser chamada de experiente.

"A cada ciclo olímpico nós mostramos que estamos melhores. Somos um time bem novo, que só agora está ganhando maturidade", afirmou a baiana Marcela Menezes. "Os outros países já nos olham com mais respeito", acrescentou, deixando o resultado final de lado.

Ontem, as ginastas curtiram o primeiro dia de folga em Pequim. Aproveitaram a manhã para descansar. "Elas me pediram para acordar só depois do meio-dia", revelou Monika.

Na seqüência, passaram a tarde passeando e gastando yuans na loja oficial instalada dentro da Vila. "Agora, mais relaxadas, poderemos aproveitar para conhecer a Muralha da China e a Cidade Proibida", contou a catarinense Luísa Matsuo.

Na volta ao Brasil, as atletas ganham alguns dias de descanso. No retorno a Vitória-ES, sede da seleção permanente, o grupo recomeça os ensaios visando a Apresentação de Gala, evento criado pela Caixa Econômica Federal, patrocinadora da modalidade, e que este ano será disputado em Curitiba, no feriado de 7 de setembro. Logo em seguida ocorre a etapa da Copa do Mundo, de 2 a 5 de outubro, na Espanha. "Chegar a uma Olimpíada é o auge de todo o atleta, por isso estamos rindo. Nada de tristeza", decretou a técnica.

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