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Você em Pequim: Mande fotos das suas experiências durante os Jogos Olímpicos

Poucas demonstrações de insatisfação com a derrota foram tão doloridas como as das meninas do futebol feminino após o jogo com os Estados Unidos na final das Olimpíadas de Pequim nesta sexta-feira (horário local), que rendeu uma medalha de prata que muitas não quiseram nem olhar.

Pela terceira vez seguida o time chegou a uma final de um evento de elite no esporte, talvez agora com amplo favoritismo, e pela terceira ocasião ficou no quase.

"Ninguém gosta de perder sempre. Eu não aguento mais", disse a atacante Cristiane, antes de deixar chorando a área de entrevistas na saída do Estádio dos Trabalhadores, em Pequim.

"O sentimento é de tristeza. Sabíamos que tínhamos condições de levar o ouro e deixamos escapar mais uma vez", afirmou a meia Francielle.

O Brasil teve o comando de boa parte do jogo, mas foi o futebol pragmático e defensivo dos EUA que prevaleceu, com um gol aos 6 minutos da prorrogação marcado por Carli Lloyd.

"A gente fez tudo o que tinha que fazer, mas a bola não entrou", disse a lateral Simone.

"A gente jogou em cima do time deles o tempo todo. Mas eles tiveram uma chance e mataram o jogo", acrescentou a volante Renata Costa.

Marta, eleita pela Fifa a melhor jogadora do mundo por dois anos consecutivos, não quis conversar com os jornalistas. Afirmou, enquanto falava ao telefone celular, que sua mãe estava passando mal.

A atacante chorou o tempo todo desde o final da partida e mal tocou na medalha entregue pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, que assistiu à final.

A prata desta quinta-feira vai se somar à dos Jogos de Atenas, contra as mesmas norte-americanas, e ao vice-campeonato mundial, também na China, perdido para as alemãs no ano passado.

O técnico Jorge Barcelos afirmou que não tinha muitas explicações para o resultado.

"O time jogou bem, tocando a bola, pressionando. E na prorrogação sobrou uma bola e elas fizeram. É coisa que acontece no futebol", afirmou.

Algumas jogadoras falaram da possibilidade do início de uma renovação no time, que tem mudado pouco desde que passou a fazer parte da elite do esporte.

"Talvez para algumas já não vai dar para disputar mais uma Olimpíada, como a Pretinha e a Tânia Maranhão", afirmou Renata.

"Mas temos umas meninas chegando com muita qualidade", acrescentou.

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