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O boxe brasileiro pode hoje chegar pela primeira vez à final olímpica, e em dose dupla, com os irmãos capixabas Yamaguchi e Esquiva Falcão. O primeiro a subir no ringue da Arena Excel, em Londres, é o caçula Esquiva Falcão, que, às 11 horas (de Brasília), enfrenta o britânico Anthony Ogogo pela semifinal do peso médio (até 75 kg). Às 18 horas, é a vez do primogênito, Yamaguchi Falcão, buscar a decisão no meio-pesado (até 81 kg) contra o russo Egor Mekhontcev. Por não existir decisão de terceiro lugar no boxe, todos os semifinalistas já têm garantido pelo menos o bronze.

Os irmãos sobem ao ringue hoje em situações opostas. Enquanto Esquiva terá de enfrentar não só o britânico, mas também a torcida local, que fica ensandecida a cada lutador da casa que sobe ao ringue, Yamaguchi vai para a semifinal com o status de ter passado pelo atual campeão mundial, o cubano Julio la Cruz Peraza.

Para se blindar do barulho da arquibancada, Es­­quiva fez um trabalho es­­pecial com a psicóloga da seleção de boxe em Londres, Fernanda Robim. "A torcida vai ser 99% para ele, mas minha cabeça vai estar preparada para buscar o resultado", avaliou Esquiva, que já venceu Ogogo no Mundial do Azerbaijão, ano passado, pela pontuação de 17 a 12.

O próprio boxeador da Grã-Bretanha reconhece que a ajuda do público fará diferença a seu favor. Tanto que tratou de conclamar a torcida em seu site oficial. "Eu quero toda a nação britânica torcendo por mim. O local, a atmosfera, a animação de ouvir a torcida entoando meu nome, é para isso que eu trabalho forte", declarou Ogogo.

O adversário de Esquiva também prefere não adotar um discurso de humildade na semifinal. "Mais do que qualquer coisa, eu quero me tornar campeão olímpico. Para isso, tenho de ganhar do brasileiro. E eu sei que posso. Eu vou ganhar", disse.

Já Yamaguchi admitiu após a vitória sobre Peraza nas quartas de final que não conhece o russo, adversário de hoje. Ele e o técnico João Barros passaram o dia de ontem assistindo a vídeos de confrontos de Mekhontcev para traçar a estratégia da luta. Mesmo assim, admite, a vitória sobre o cubano campeão mundial deu mais força para a busca do ouro. "Estou feliz com o bronze, mas quero mais. Vou fazer de tudo para conquistar o primeiro lugar junto com meu irmão", reforçou.

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