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Leandrinho afirmou que Espanha entregou jogo para o Brasil, na primeira fase do basquete | AFP
Leandrinho afirmou que Espanha entregou jogo para o Brasil, na primeira fase do basquete| Foto: AFP

Assimilação, evolução e devolução. Em miúdos, essa é a estratégia brasileira hoje, às 16 h (de Brasília), na luta por uma vaga na semifinal do bas­­­­quete masculino. A receita para derrotar a Argentina é usar o estilo de jogo trazido de Buenos Aires pelo técnico Rubén Magnano em 2010 – já bem adaptado pelo elenco brasileiro – e reapresentá-lo aos antigos donos.

Magnano desembarcou no país tendo como principal credencial o título olímpico com os hermanos, em 2004, derrotando os imbatíveis Estados Unidos na semifinal. A façanha foi alcançada com uma equipe fortemente voltada ao sistema defensivo. Característica que trouxe como um mantra à nova casa. "Quase 80% do que ele [Magnano] nos fala é no cuidado com a defesa", admite o pivô Tiago Splitter. Os números dos dois rivais no torneio mostram que o Brasil tem levado a missão a sério, a ponto de ter marcas melhores do que os próprios argentinos.

As seleções, ao lado da Rús­­sia, são as que menos sofreram pontos de dentro do garrafão – 154 pontos. O time de Julio Lamas, no entanto, sofreu mais pontos de contra-ataque: 62, contra 41 dos brasileiros. Indicação de que o Brasil tem recomposto sua defesa mais rapidamente.

A Argentina tem sido ainda menos eficiente em impedir os pontos de segunda chance, ou seja, quando o oponente pega o rebote ofensivo para encestar. Foram 78 pontos sofridos dessa forma – pior desempenho entre os 12 participantes –, enquanto o Brasil "deu" apenas 38. A boa performance dos altos pivôs nacionais, dominando o garrafão, explica esse bom índice, o melhor do campeonato.

Estatisticamente, o estilo de jogo argentino parece estar funcionando melhor na cópia brasileira do que em sua versão original. É preciso, porém, fazer uma ressalva: a experiente Argentina – 8 de 12 atletas passaram dos 30 anos – já encarou os superfavoritos EUA. Duelo que pode mascarar, de certa forma, os dados.

Mesmo que técnica ou taticamente o Brasil esteja em melhor momento, o idealizador da revolução de mentalidade da equipe, Rubén Magnano, teme outro trunfo do sucesso dos vizinhos. "O que mais me preocupa é a fome deles [da Argentina] por glória", ressalta, evocando o fator emocional. "É o jogo das nossas vidas", reforçou a estrela dos hermanos, o armador Manu Ginóbili.

Na opinião do pivô An­­der­­son Varejão, o Brasil está preparado para vencer o espelho. "Eles têm um time bem equilibrado, experiente e com bons chutadores. Variam bastante as jogadas no ataque; por isso nossa defesa precisar funcionar como vem funcionando, jogar forte atrás e usar a inteligência no ataque", diz.

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