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| Foto: Andrew Cowie/ AFP

Show do bilhão

Com orçamento olímpico contestado, Londres abre hoje os Jogos na esperança de que o Reino Unido vença uma competição muito particular: a recessão

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Investidor, governo intensifica cobrança

A equação medalha e investimento público que acompanha a delegação brasileira nos Jogos de Londres é uma conta que não fecha.

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Se os Jogos Olímpicos de Lon­­dres são, em tese, sustentáveis, a festa de inaugu­­ração – a partir das 17 horas de hoje (de Brasília) – não será. Os organizadores incharam o orçamento para o evento.

A abertura custará cerca de R$ 86 milhões.

Os gastos, aliás, surgem apenas como a ponta do iceberg de uma relação tortuosa com os gastos públicos. Em meio à grave crise econômica do país, o primeiro ministro, David Cameron, bate na tecla de que os Jogos servirão para mostrar ao mundo que a Grã- Bretanha é um bom local para investimento e oportunidade.

As cifras chamam a atenção. Os anfitriões especulam amealhar quase R$ 3 bilhões com a Olimpíada, valor nove vezes menor do que o investimento oficial para organizar a disputa. A aposta é nos dividendos futuros.

Durante a cerimônia desta noite londrina, o cavaleiro Rodrigo Pessoa carregará a bandeira do Brasil – país que também faz do investimento estatal uma bandeira para o sucesso nas pistas, campos, ginásios e piscinas britânicas.

Ao todo, a delegação nacio­­nal consumiu em quatro anos quase R$ 1,7 bilhão em investi­­mentos apenas no aperfeiçoa­­mento de atletas. O governo federal quer ao menos 20 pódios no Reino Unido – 5 a mais do que o projetado pelo Comitê Olím­­pico Brasileiro (COB).

Para entender o discurso modesto, a promessa de um salto daqui a quatro anos, quando o Rio abrigará a Olim­­píada. "Nosso objetivo em 2016 é estar no ‘top ten’ do quadro de medalhas", garantiu Carlos Arthur Nuzman, on­­tem, à agência espanhola EFE. Segundo os cálculos, pa­­ra alcançar esta meta, seriam necessários entre 25 e 30 pódios.

Dentro do cenário esportivo, por enquanto, dinheiro (ou falta dele) não é a grande preocupação.

Para os ingleses, pelo menos hoje, três situações do co­­tidiano perturbam mais. Quem vai acender a pira olím­­pica? O ex-corredor Sir Ro­­ger Bannister, que nunca conquistou uma medalha nos Jogos, é o favorito. O metrô vai dar conta da demanda em um dia atípico? A projeção é por um "não". Vai chover? Segundo o serviço meteorológico de Londres, a possibilidade de cair água no início da cerimô­­nia é de 40%.

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