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A ponteira Jaquelina fez o ponto final na vitória brasileira por 3 a 0 sobre o Japão | Olivia Harris/ Reuters
A ponteira Jaquelina fez o ponto final na vitória brasileira por 3 a 0 sobre o Japão| Foto: Olivia Harris/ Reuters

Inédito

O vôlei feminino dos Estados Unidos sempre esteve no pódio nos últimos anos. Elas ganharam três títulos seguidos do Grand Prix e também ficaram com o vice na Copa do Mundo de 2011. Em Londres, busca um feito inédito. As norte-americanas ainda não têm o ouro no feminino. Elas chegaram à final em 2008, mas ficaram com a prata depois da derrota por 3 sets a 1 para o Brasil. Antes, tinham outra prata de Los Angeles-1984, quando foram derrotadas pela China na decisão. Já o Brasil disputará medalha no vôlei feminino pela quinta Olimpíada seguida. O país sobe no pódio desde o bronze em Atlanta-1996, culminando com o ouro em Pequim-2008.

O técnico José Roberto Guimarães contou com um apoio mais do que especial na classificação da seleção feminina de vôlei à sua segunda final olímpica seguida, na vitória por 3 sets a 0 sobre o Japão (25/18, 25/15 e 25/18). Ontem, antes de desligar o celular de manhã para tentar se afastar da ansiedade da semifinal que se aproximava, Zé Roberto conseguiu ler a primeira mensagem do dia no aparelho. Era o ex-meio de rede Paulão, que, justamente na data em que se completavam 20 anos da conquista do ouro em Barcelona, fez questão de dizer ao treinador que continuasse com a mesma dedicação de duas décadas atrás para não só passar pelas japonesas, como também buscar sua terceira medalha dourada – fato que nenhum atleta brasileiro obteve até aqui.

"Tenho certeza que quando ligar o telefone vai ter mais um monte de mensagens deles. Nesse momento, isso [lembrar dos 20 anos de Barcelona] é ainda mais especial", enfatiza o treinador. Na final, o Brasil enfrenta os Estados Unidos, equipe que está invicta em Londres e que venceu ontem a Coreia do Sul também por 3 sets a 0.

Na vitória sobre as japonesas, Zé Roberto voltou a enfatizar a recuperação da equipe após quase não ter se classificado na primeira fase. Com más apresentações, o Brasil perdeu dois jogos na fase de grupos, incluindo as adversárias da final, que venceram por 3 sets a 1 na segunda rodada do torneio. "Esse time chegou ao fundo do poço. A gente corria o risco de não se classificar e estava todo mundo desesperado, porque não passava pela nossa cabeça voltar para o Brasil dessa maneira. Mas na dificuldade o time se uniu", enfatiza o técnico.

Depois da primeira fase, as jogadoras chegaram a ter uma conversa em grupo para tentar ajustar os erros. Segundo Zé Roberto, todas falaram e chegaram à conclusão de que precisavam jogar mais em grupo. O que deu resultado, revela a meio de rede Thaisa, para quem o time passou a jogar com mais alegria após resolver suas diferenças internas. "Antes, se uma errava a gente só cobrava. Agora, se uma erra, a gente apoia e diz que na próxima bola vai acertar", enfatiza.

Contra o Japão, ao contrário da vitória sobre a Rússia, nas quartas de final, quando o time teve de buscar seis match poits no último set, em nenhum momento o Brasil foi ameaçado. Em apenas 1h10 min, as jogadoras mataram o jogo. Resultados de ajustes técnicos e táticos em relação às últimas partidas. "A gente impôs o ritmo o tempo todo porque melhoramos no passe e na defesa. Na verdade, tudo foi perfeito, por isso tivemos mérito", avalia a ponta Jaqueline.

Na final, Fabi considera as americanas favoritas. A líbero lembra que nas três últimas decisões com as americanas o Brasil perdeu. Mesmo assim, considera que a experiência de serem as atuais campeãs olímpicas e a evolução que vêm tendo em Londres farão a diferença na decisão. "Gostaria que não tivesse sido nada do jeito que foi. Mas isso nos tornou mais fortes e vamos chegar para levar o ouro", ressalta Fabi.

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