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Paranaense Natália Falaviga buscará, neste sábado, a segunda medalha olímpica da carreira | Alaor Filho/AGIF/COB
Paranaense Natália Falaviga buscará, neste sábado, a segunda medalha olímpica da carreira| Foto: Alaor Filho/AGIF/COB

O ciclo olímpico de Natália Falavigna foi reduzido quase pela metade. Por causa de lesões, a paranaense teve apenas dois anos para tentar sua segunda medalha nos Jogos – conquistou bronze em Pequim-2008. Ela abre no sábado (11), às 5h30 (de Brasília), sua participação, na categoria acima de 67 kg do taekwondo, em Londres.

Culpa de duas graves lesões no joelho. A primeira, em janeiro de 2010, durante seletiva para o time nacional. A outra, que exigiu cirurgia do menisco e do ligamento cruzado anterior do joelho direito, em fevereiro do ano passado. Ao todo, foram 18 meses de recuperação.

Desvantagem de certa forma compensada por uma preparação bem mais caprichada, reflexo direto dos investimentos públicos na modalidade. Natália recebeu um grande aporte de verba governamental para conseguir se focar apenas no treinamento – foi a primeira atleta do país a receber os incentivos financeiros do estado.

Assim, em junho de 2010, trocou Londrina, no Norte do Paraná, pelo Rio de Janeiro. A proposta era tentadora. Assinou contrato com o Time Rio, equipe bancada pela prefeitura da capital carioca em parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Ganhou R$ 1 milhão como apoio, dinheiro usado na criação de uma estrutura de trabalho no complexo esportivo Maria Lenk, na capital fluminense.

Condição que recebeu ainda um aporte considerável no ano passado. Natália passou a contar com a verba do projeto Esporte e Cidadania, da Petrobras, empresa de capital misto administrada pelo governo federal. Ela e outros 20 atletas olímpicos ganham uma bolsa que varia entre R$ 1,25 mil e R$ 3,5 mil por mês.

Dinheiro que permitiu a Natália ser mais audaciosa. A atleta investiu na contratação do técnico Juan Lopez, comandante da seleção dos Estados Unidos – ele foi o mentor do processo que permitiu aos norte-americanos quebrar a hegemonia dos coreanos no esporte. A união já dura um ano.

Com Lopez, a lutadora de 28 anos diz que aprendeu a deixar de pensar somente na medalha, se preocupando mais com a performance. "Quero executar o que treinei. Medalha é consequência. O tempo que tive foi totalmente dedicado para treinar. Chego a Londres bem. Eu voltei", assegura.

Nem mesmo as mudanças na regra durante o período que esteve de molho foram um problema – agora a contagem dos pontos é confirmada por sensores eletrônicos nos atletas, similar ao que acontece na esgrima. "Eu nunca tinha treinado nem competido com essa tecnologia. Estranhei bastante no início, mas já aprendi como colocar o pé para o chute encaixar", conta a atleta.

Seu primeiro combate será contra a coreana In Jong Lee, 30 anos, 22.ª do ranking mundial. Se vencer, parte para as quartas de final, onde enfrenta a vencedora do confronto entre a francesa Anne-Caroline Graffre, número 2 do mundo e Natalya Mamatova, que subiu de categoria para disputar os Jogos, do Uzbequistão.

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