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Uma redução no time que não acontecia há 48 anos. Depois de 13 ciclos ampliando sua representatividade nos Jogos Olímpicos, o Brasil vai, pela primeira vez, desde 1964, com uma delegação menor que a dos Jogos anteriores. Para Londres, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) vai inscrever 259 atletas (136 homens e 123 mulheres), 18 a menos que os 277 que competiram em Pequim, há quatro anos.

A seu favor, o time nacional tinha a previsão de levar menos atletas do que na China. A meta era chegar a 250 competidores. Algumas seleções, como o atletismo, dificultaram os quesitos para a classificação. Em 2008, o Brasil teve 45 atletas competindo no Ninho do Pássaro nas provas de corridas, saltos e arremessos. Este ano, com a exigência de atingirem índices por vezes mais altos que os exigidos pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo), o time brasileiro de atletismo terá 36 competidores.

"Em Londres teremos uma delegação com ainda mais qualidade, com atletas que passaram por seletivas difíceis, algumas mais duras até que as estipuladas por algumas Federações Internacionais,", afirmou o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.

Na contramão, o decréscimo acontece na última competição olímpica antes de o país sediar o evento, em 2016. Em geral, os países-sede começam a expor os resultados do investimento financeiro no esporte na edição anterior a de serem anfitriões. Foi assim com a Grã-Bretanha e com a China.

A diminuição do número de atletas, no entanto, é inversamente proporcional ao investimento no esporte. Para este ciclo olímpico, o Brasil teve mais dinheiro em caixa para o esporte na preparação para os Jogos de Londres do que teve a em Pequim.

Um exemplo foi o aumento de quase três vezes nos repasses do governo federal, via Lei Agnelo/Piva, para o COB. Entre 2004 a 2008, o Comitê recebeu 314,7 milhões em repasses. A estimativa para o ciclo olímpico de Londres (2009 a 2012) é quase duas vezes maior: R$ 531,1 milhões. Este ano, o Brasil não terá o conjunto da ginástica artística e o time de handebol masculino na disputa olímpica, não qualificados para o evento.

Em contrapartida, vai com maior número de atletas no ciclismo (nove), boxe (dez) e a volta do basquete masculino aos Jogos. A previsão é que o Paraná tenha 16 atletas representando o estado, o equivalente a 6,2% do total. Em Pequim, foram 23 paranaenses (8,3% do total) nas disputas.

O número só será confirmado após a definição das equipes que ainda não confirmaram os nomes de suas seleções. O time da seleção feminina de ginástica artística será divulgado hoje à tarde; amanhã, Mano Menezes divulga a lista do futebol masculino, amanhã. As seleções de saltos no hipismo, basquete e vôlei, tanto no masculino quanto no feminino, também terão cortes até o início dos Jogos, em 27 de julho.

A meta brasileira é repetir, em Londres, o desempenho de Pequim, com 15 medalhas. Há quatro anos, com os três ouros, quatro pratas e oito bronzes, o país ficou na 23.ª posição no quadro geral de medalhas.

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