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O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) decidiu alterar a distribuição do dinheiro obtido através da Lei Agnelo/Piva, principal fonte de recurso das confederações olímpicas do país. Para 2015, o COB manteve estável o valor oferecido às oito entidades mais estruturadas (como judô, atletismo e vôlei), mas aumentou em 12% os recursos daquelas com menos visibilidade e que, em sua maioria, não contam com patrocínios estatais.

INFOGRÁFICO: Veja como serão divididos pelo COB os R$ 117,7 milhões da Lei Agnelo/Piva

A Lei Agnelo/Piva destina 2% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do país ao COB (85%) e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (15%). O COB explicou que projeta as receitas de 2015 em R$ 202,3 milhões e que vai distribuir R$ 117,7 milhões às 29 confederações olímpicas – só a de futebol fica de fora. Por lei, a entidade também deve investir 10% no esporte escolar (R$ 20,23 milhões) e 5% no esporte universitário (R$ 10,12 milhões).

De acordo com o COB, no orçamento do ano que vem "houve ainda a preocupação de aproximar os valores mínimos e máximos recebidos pelas confederações, de forma a equalizar cada vez mais essa distribuição".

Se neste ano as confederações tidas como "ricas" tiveram um acréscimo de R$ 400 mil, para 2015 o valor se manteve estável. Atletismo, desportos aquáticos, judô, vela e vôlei seguem com R$ 3,9 milhões cada, enquanto basquete, ginástica, handebol e hipismo ganharão R$ 3,7 milhões. Todas essas modalidades têm patrocinadores estatais.

O aumento na distribuição começa na terceira faixa de valor. As confederações de boxe, canoagem, ciclismo e tênis de mesa, que receberam R$ 2,9 milhões em 2014, verão o valor subir para R$ 3,248 milhões no ano que vem. Destas, só o tênis de mesa não tem patrocínio estatal.

A partir daí, começam as modalidades que trabalham com orçamentos menores. E elas também terão um repasse 12% maior de recursos . Em patamar intermediário estão triatlo (R$ 3,136 milhões), tiro esportivo (R$ 2,912 milhões), remo (R$ 2,8 milhões), tênis (R$ 2,8 milhões), lutas (R$ 2,24 milhões), pentatlo (R$ 2,128 milhões) e badminton (R$ 2,016 milhões).

Em um último nível estão esgrima, golfe, hóquei sobre a grama, levantamento de peso, rúgbi, tae kwon do e tiro com arco. Estas receberam R$ 1,7 milhão cada neste ano e terão R$ 1,904 milhão em 2015, também com aumento de 12%. As confederações de desportos na neve e no gelo terão R$ 1,792 milhão.

Ainda pelo que revelou o COB, serão destinados R$ 35,314 milhões para projetos que visem a preparação para os Jogos Olímpicos do Rio. No ano passado, o COB considerou que valor semelhante (R$ 23,9 milhões) iria para o Fundo Olímpico.

Por fim, o COB administrará diretamente R$ 54,3 milhões, que serão investidos em atividades operacionais, administrativas, projetos orientados especificamente para treinamento e preparação de atletas e equipes e no Instituto Olímpico Brasileiro. No ano passado, foram R$ 52 milhões.

Vanderlei homenageado

Uma década após ter entrado para a história do esporte com a épica medalha de bronze na maratona na Olimpíada de Atenas, o paranaense Vanderlei Cordeiro de Lima vai receber o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, homenagem criada pelo COB para aqueles atletas que marcaram época por seus valores esportivos. A cerimônia será no dia 16, no Rio, quando acontece a entrega do Prêmio Brasil Olímpico. Nos Jogos de 2004, Vanderlei liderava a maratona quando foi atacado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan. O atleta contou com a ajuda do torcedor grego Polyvios Kossivas para voltar à prova.

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