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Patrick Hickey antes de ser preso.  Provas comprovam venda ilegal de ingressos. | JACK GUEZ / AFP/
Patrick Hickey antes de ser preso. Provas comprovam venda ilegal de ingressos.| Foto: JACK GUEZ / AFP/

A Polícia brasileira anunciou nesta terça-feira (23) a apreensão de provas contra o presidente do Comitê Olímpico Irlandês (OCI), Patrick Hickey, de 71, preso de forma preventiva no Rio pela revenda ilegal de ingressos para os Jogos Rio-2016.

“A análise dos e-mails confirma que o presidente do OCI, Patrick Hickey, estava em contato direto com Marcus Evans, o diretor da THG, para a venda de ingressos a preços muito superiores ao oficial”, declarou o inspetor Ricardo Barbosa de Souza, em entrevista coletiva.

Em 15 de agosto, data da detenção de Hickey, a polícia emitiu quatro mandados de busca e apreensão, entre eles um contra o britânico Marcus Evans, presidente do clube de futebol Ipswich, um time da Segunda Divisão inglesa, e diretor da THG.

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“O OCI recomendava a THG Sports para a venda de ingressos para o público irlandês. Salvo pelo fato de que a THG não foi homologada pelo comitê organizador. Então, uma outra empresa foi criada, a Pro 10”, explicou Barbosa.

“Patrick Hickey e Kevin James Mallon estão em Bangu 10, em prisão preventiva. Temos sete foragidos, entre eles Marcus Evans, o grande mentor do sistema, que controla a THG. E apreendemos os passaportes de três pessoas”, afirmou o delegado da Polícia Civil do Rio, Aloysio Falcão.

No domingo, dia de encerramento da Rio-2016, a Polícia fez uma batida nas instalações do Comitê Olímpico Irlandês. Kevin Kilty, chefe da delegação irlandesa, Dermot Henihan e Stephen Martin tiveram seus passaportes apreendidos.

Henihan foi interrogado nesta terça. Kevin Kitly e Stephen Martin vão depor na Polícia na quinta-feira.

A operação foi deflagrada em 5 de agosto, dia da abertura dos Jogos, com a detenção do irlandês Kevin James Mallon e de dez brasileiros. Mallon é um dos dirigentes da THG Sports, autorizada a revender entradas para Londres-2012 e Sotchi-2014, mas não para a Rio-2016.

O tráfico gerou uma receita de “pelo menos R$ 10 milhões. O valor de face do ingressos apreendidos é de R$ 626 mil, mas eles eram revendidos até 30 vezes mais caro”, detalhou Ricardo Barbosa, da Unidade Antifraudes da Polícia do Rio.

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