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Assim que o Campeonato Mundial de Natação terminou no domingo, as principais equipes do mundo passaram a se concentrar em algo completamente diferente - como lidar com as provas de natação noturnas da Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016.

O cronograma dos Jogos do ano que vem coloca algumas competições da modalidade de noite por pressão de redes de televisão norte-americanas, como a NBC, que querem picos de audiência em seu país neste horário.

Em Kazan, na Rússia, as provas do mundial recém-concluído terminavam por volta das 19h30 do horário local, mas as provas do Rio estão marcadas para ter início às 22h (horário de Brasília).

Levando em conta compromissos com a imprensa, relaxamento, testes antidoping e a volta para os alojamentos, os atletas não irão para a cama até as primeiras horas da manhã.

Dos países mais destacados no esporte com os quais a Reuters conversou em Kazan, só a equipe da Austrália, que inicialmente se opôs à decisão, parece ter estabelecido um plano para encarar as competições noturnas.

O time irá montar um campo de treinamento de uma semana de duração no final deste ano, encaixando os dois dias do Grand Prix de Natação entre uma coisa e outra.

A ideia é reproduzir o que os atletas enfrentarão no Rio. O evento irá terminar à meia-noite nos dois dias, disse o porta-voz da equipe australiana, e os nadadores passarão pelos mesmos procedimentos pós-competição que irão encarar no Brasil.

“Como atletas e como equipe técnica, temos que nos familiarizar com o que significa para todos nós atuar nesses horários”, afirmou Jacco Verhaeren, técnico principal da equipe Swimming Australia, à Reuters.

“Queremos ter essa experiência. Podemos falar disso o dia todo, mas realmente acho que eles devem viver isso uma vez e sentir como é.”

Para preservar o sono, algumas nações devem acomodar seus nadadores em andares mais altos dos edifícios para evitar a distração dos ruídos da cidade.

“Começaremos a fazer ajustes em nossos horários de treino em nossos campos de treinamento antes de ir para o Rio”, disse Frank Busch, técnico principal da equipe dos Estados Unidos, em um comunicado.

“Há a possibilidade de alocar os nadadores longe dos outros atletas na vila (olímpica)”.

Em janeiro, as equipes alemã e sueca viajaram ao Rio para avaliar as condições, e a federação dinamarquesa de natação admitiu que ainda tem que decidir como irá lidar com as mudanças no cronograma.

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