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Emese  pretendia disputar a Rio-2016 pelo Brasil | Divulgação
Emese pretendia disputar a Rio-2016 pelo Brasil| Foto: Divulgação

Convocada para defender o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio, a esgrimista húngara Emese Tacáks não é mais cidadã brasileira. Ela teve sua naturalização revogada em segunda instância pela quarta turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, localizado em Porto Alegre (RS). A atleta já estava momentaneamente desconvocada pela Confederação Brasileira de Esgrima (CBE). Emese ainda pode recorrer.

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O imbróglio começou em maio, quando a desembargadora Anna Karina Stipp, da 5ª Vara Federal de Curitiba (PR) concedeu liminar cassando a naturalização, indicando que havia “forte indício” de que Takács não tinha residência fixa no País. A alegação é de que ela forjou casamento com o fotógrafo freelancer Rafael de França Barreto, em maio de 2013, para ter direito à cidadania.

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No começo de junho, ao mesmo tempo que a CBE anunciava a convocação da curitibana Amanda Netto Simeão para o lugar de Emese, a União, também ré no processo, conseguia que a revogação da liminar. Isso fez com que, durante o último mês, a naturalização da atleta húngara seguisse valendo.

Agora, com a suspensão da naturalização concedida a Emesse, Amanda volta a fazer parte da equipe de espada do Brasil no Rio-2016. Foi exatamente o técnico dela, Giocondo Cabral, quem contestou judicialmente a situação da húngara.

“Considerando todas essas provas de que não foi cumprindo o período mínimo de residência e de que o casamento foi fraudulento,acreditamos que essa liminar será confirmada no final do processo, com a anulação da concessão da cidadania brasileira à Emese”, diz o advogado de Giocondo, Thiago Paiva.

Além de Amanda, a equipe de espada será composta por Rayssa Costa e Nathalie Moellhausen, atleta que foi campeã mundial pela Itália e defende o Brasil desde 2013. Ela, entretanto, é neta de brasileiros, fala português fluente e “vestiu a camisa” da equipe do Brasil.

Takács não é vista pelas companheiras como uma atleta brasileira, já que sequer fala português, diferente do caso de Moellhausen e de Katherine Miller, norte-americana filha de brasileiro que fica como reserva da equipe.

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