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Isaquias Queiroz pode ser o primeiro brasileiro a ganhar três medalhas na mesma Olimpíada. | Albari Rosa /Gazeta do Povo
Isaquias Queiroz pode ser o primeiro brasileiro a ganhar três medalhas na mesma Olimpíada.| Foto: Albari Rosa /Gazeta do Povo

Se a Olimpíada do Rio de Janeiro terminasse nessa quinta-feira (18), o baiano I saquias Queiroz sairia feliz, mas não completo.

Após conquistar o bronze na categoria C-1 200 m, o canoísta pretende adicionar mais um capítulo à sua histórica estreia nos Jogos. Também medalhista de prata no C-1 1.000 m, o brasileiro mira fechar a participação na Rio-2016 com o ouro na prova C-2 1.000 m. Menos por ele, mais pelo parceiro, o paulista Erlon de Souza.

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“Já fiz meu trabalho, já ganhei medalha”, fala Isaquias, que aos 22 anos é considerado um fenômeno da canoagem de velocidade. “Agora quero ir para cima para o meu amigo Erlon de Souza também fazer história com o nome dele nos Jogos Olímpicos. E ganhar a medalha de ouro, que essa a gente merece”, completa.

A expectativa pelo primeiro lugar no pódio é alta. No ano passado, a dupla foi campeã mundial em Milão, na Itália. Mas antes da eliminatória, na manhã desta sexta-feira (19), e da final de sábado (20), às 9h22, ainda é preciso cair na água da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Apesar dos resultados inéditos até aqui, o técnico espanhol Jesus Morlán, responsável por formar David Cal – maior medalhista olímpico do país ibérico (um ouro e quatro pratas em três Olimpíadas) – não deixa de cobrar alto.

“A confiança é muito alta. No C-2 estávamos andando muito lá em Lagoa Santa-MG [no núcleo de desenvolvimento de canoagem de velocidade] e a gente sabe da possibilidade de medalha. Vai chegar a tarde e vou vir treinar. Quem disse que vou descansar?”, diz o baiano, entre risos.

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Se subir ao lugar pódio ao lado de Erlon, Isaquias vai entrar para a história como o maior medalhista brasileiro em uma única edição olímpica. Ele já está empatado com os nadadores Cesar Cielo (ouro e bronze em Pequim-2008) e Gustavo Borges (prata e bronze em Barcelona-1992), além dos atiradores Guilherme Paraense e Afrânio Costa que ganharam ouro e prata em provas individuais, em 1920, na Antuérpia, e também o bronze por equipes.

“É um feito histórico, uma satisfação muito grande estar entrando nesse álbum dos melhores atletas do Brasil em Jogos Olímpicos. Estar junto com o Cesar Cielo, esses caras assim. Estou muito feliz com esse resultado, mas espero fazer mais ainda e chegar onde nenhum brasileiro chegou”, sonha o baiano, que por alguns instantes achou que tinha perdido a medalha no C-1 200 m.

Ele admitiu que errou no início da prova, mas conseguiu se recuperar, chegando ao terceiro lugar com 39s628 – apenas 21 décimos de segundo à frente do espanhol Alfonso Benavides.

O ucraniano Iurri Cheban venceu a prova com 39s279 e sagrou-se bicampeão olímpico. A prata ficou com Valentin Demyanenko, do Azerbaijão (39s493).

“Se não tivesse errado muito, acho que poderia ter ganhado a medalha de ouro. Mas com certeza os caras também foram muito melhores”, admite.

Doping

Isaquias Queiroz terá um rival a menos na disputa pela terceira medalha. Serghei Tarnovschi, da Moldávia, medalhista de bronze da canoagem C1 1000 m nos Jogos do Rio e um dos principais rivais do brasileiro, foi suspenso nesta quinta-feira (18), com efeito imediato, por ter sido flagrado em exame antidoping realizado antes da competição, informou a Federação Internacional de Canoagem (ICF). Tarnovschi, de 19 anos, não poderá participar da prova dos C2 1000 m, à qual estava inscrito com o irmão Oleg.

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