Ágatha está no vôlei de praia desde 2001.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A paranaense Ágatha colocou nesta quinta-feira (18) o seu nome na galeria dos medalhistas olímpicos brasileiros. A trajetória da atleta até a medalha de prata no vôlei de praia, conquistada ao lado de Bárbara, tem algumas curiosidades.

CARREGANDO :)

Curitibana, mas criada em Paranaguá, ela começou no esporte no vôlei de quadra em 1992, ainda com nove anos. O primeiro time dela foi o do extinto Banestado. A mudança para a areia, a princípio, era uma brincadeira, mas virou coisa séria a partir de 2001.

Em 2005, a atleta de 1,82 m foi eleita a revelação do circuito nacional. Mas depois a carreira não engrenou como ela esperava. Em 2009, sem parceira, começou a atuar como uma espécie de assistente nos treinos de Talita e Maria Elisa que se preparavam para os Jogos de Londres.

Publicidade

Ágatha lamenta vento forte durante a final: “Elas souberam lidar e nós não”

Leia a matéria completa

Sem muita perspectiva de evolução, ele começou a ensaiar a aposentadoria das areias. Chegou a cursar um ano da faculdade de Jornalismo e, por pouco, não foi parar na política. A família sugeriu que ela se candidatasse a vereadora.

Ágatha é conhecida e muito querida na cidade do Litoral. Hoje, ela comanda um projeto social que atende pouco mais de 300 crianças e adolescentes com aulas de vôlei de praia e futebol de areia no contraturno escolar. O projeto da carreira no cargo público, porém, não foi para frente.

Ágatha considera trabalho psicológico fundamental para o sucesso da dupla. 

Ajudinha de Seedorf

Ágatha seguiu no esporte e encontrou Bárbara. As duas iniciaram a parceria no segundo semestre de 2011. Dois anos depois, uma indicação do ex-jogador Seedorf é considerada fundamental para o fortalecimento da dupla.

Publicidade

O técnico e marido de Bárbara, Rico de Freitas é filho de Bebeto de Freitas, ex-presidente do Botafogo. O craque holandês trabalhou com a psicóloga Maíra Ruas no clube carioca e recomendou o nome dela para Rico durante um período de treinos da dupla em Saquarema, onde o time de futebol também estava para uma pré-temporada.

“A gente tem um trabalho sensacional com nossa psicóloga que começou em 2013. Isso faz muita diferença. Porque a gente entra dentro de quadra já sabendo qual o nosso tipo de postura, nível de concentração que temos que ter. Nosso psicológico teve que ser muito forte para passar tudo isso na Olimpíada e é um trabalho que começou com a Maíra lá atrás”, exalta Ágatha.

Modelo

Ágatha admite que não se contenta em fazer uma coisa só. Além do projeto social e da carreira esportiva, ela também faz trabalhos como modelo. Ela chegou a participar de concursos na adolescência e sempre gostou de ser fotografada. No fim do ano passado, ela assinou contrato com a agência Ford Models Brasil.

Depois de vencer a dupla surperfavorita ao título, formada pelas norte-americanas Walsh e Ross, as brasileiras Ágatha e Bárbara Seixas chegaram com moral à final do vôlei de praia feminino, contra as alemãs Walkenhorst e Ludwig. O sonho do ouro, porém, durou pouco. Desde o início da partida, as europeias, líderes do ranking mundial, dominaram o placar. Prata para o Brasil, ouro para a Alemanha. Veja imagens do duelo.