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O Brasil irá provar que os incrédulos estão errados e preparar a Olimpíada de 2016 no prazo e dentro do orçamento, disse o presidente do comitê organizador dos Jogos do Rio, o brasileiro Carlos Arthur Nuzman.

Em rara entrevista à mídia internacional, Nuzman admitiu os atrasos dos trabalhos – o plano geral da arena principal só foi finalizado em setembro passado – mas insistiu que tudo estará pronto.

"Sabemos não ter tempo a perder e não estamos parados", declarou Nuzman, que também chefia o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), na edição de sábado do jornal grego Kathimerini.

"Levar a Olimpíada ao Brasil era minha ambição há muito tempo, e estamos determinado a realizar Jogos dignos de orgulho, dentro dos prazos e orçamento combinados".

No mês passado, o vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, afirmou que os preparativos do Brasil são os piores que já viu e criticamente atrasados.

Presente em um fórum olímpico em Sydney, na Austrália, Coates afirmou às delegações que, a dois anos da Olimpíada, a construção ainda não começou em alguns locais, a infraestrutura está significativamente atrasada e a qualidade da água é outra grande preocupação, embora mais tarde tenha dito estar certo de que a cidade conseguirá sediar um "grande" evento.

Nuzman respondeu dizendo que "trabalhar em equipe é a melhor e única maneira de fazer isso progredir, mas precisamos de críticas construtivas que nos ajudem a melhorar".

Os primeiros Jogos Olímpicos na América do Sul vêm sendo assolados por atrasos, custos crescentes e má comunicação entre os diferentes níveis do governo brasileiro e dos organizadores, despertando críticas de federações esportivas internacionais.

O COI anunciou uma série de medidas inéditas em abril para dar impulso a preparativos atrasados, incluindo a criação de uma força-tarefa, a contratação de monitores adicionais e o envio de gerentes de projeto e equipes de especialistas.

Em meio aos problemas na construção dos estádios, a insatisfação de categorias profissionais e questões de segurança, em fevereiro milhares de soldados foram enviados às favelas do Rio para reocupar áreas tomadas por traficantes e criminosos.

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