Vanderlei Cordeiro, e não Pelé, deveria acender pira olímpica, diz canal americano

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Grande mistério da cerimônia de abertura dos Jogos Rio-2016 é qual personalidade vai acender a pira olímpica – ápice da festa. A identidade do sortudo que levará a tocha - que completará assim um revezamento por 327 cidades - para iluminar o Maracanã com o fogo olímpico é um mistério.

O grande favorito é Pelé, o rei do futebol. Mas...

O ex-jogador nunca disputou uma Olimpíada e a emissora de TV americana NBC, que detém os direitos exclusivos de transmissão para os Estados Unidos, sugere que os organizadores deveriam olhar para o maratonista paranaense Vanderlei Cordeiro de Lima.

Ele liderava a final da maratona nos Jogos de Atenas-2004, quando um espectador invadiu a área da corrida e o agarrou. O atleta acabou chegando em terceiro e ficando com a medalha de bronze. Após perdoar seu agressor, ele ganhou aplausos por sua humildade.

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Em reportagem no seu site, a NBC é clara. “Talvez o ícone do futebol, sem experiência olímpica, não é seja a pessoa que deve acender a pira”, diz um texto em homenagem a Vanderlei, com depoimento de Joaquim Cruz, medalha de ouro em 1984 nos 800 metros do atletismo. “Se os organizadores da Rio querem desviar a história recente, escolham alguém que não seja o Pelé. Ele não é um candidato dos mais merecedores”, segue o artigo assinado por Nick Zaccardi, editor olímpico do NBCSports.com.

Não há diretrizes para escolher o portador final da tocha, uma decisão nas mãos do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos. Contra o paranaense ainda tem o fato de ele já ter conduzido a tocha.

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Pelé revelou na noite desta terça-feira (2) que só na quinta-feira confirmará se acenderá a pira olímpica dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ele afirmou que tem compromissos e precisa desmarcar uma viagem para participar da cerimônia de abertura da Olimpíada na noite da próxima sexta-feira, no Maracanã.

“Já fui consultado várias vezes sobre isso. O presidente [do COB, Carlos Arthur] Nuzman e o presidente do COI [Thomas Bach] fizeram o convite pessoalmente. Tenho contratos e teria que estar viajando. Se eu conseguir desmarcar os compromissos que eu tenho, eu gostaria de ter a honra de poder comparecer. Se eu vou estar aqui para acender a pira, eu ainda não posso afirmar”, disse o Rei do Futebol, em entrevista coletiva na noite desta terça-feira.

O ex-camisa 10 da seleção brasileira disse que sua marca pertence a uma empresa norte-americana, que precisa ser consultada sobre o assunto. Afirmou ainda que “como brasileiro”, gostaria de cumprir a tarefa, mas lembra que tem compromissos.