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Arthur Zanetti durante a final nas argolas. Desempenho rendeu a prata ao brasileiro | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Arthur Zanetti durante a final nas argolas. Desempenho rendeu a prata ao brasileiro| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Dessa vez o ouro não veio. Mas para Arthur Zanetti, a prata nas argolas na Rio-2016 tem um peso maior do que o ouro em Londres-2012.

O primeiro lugar ficou com o principal rival do brasileiro, o grego Eleftherios Petrounias. O bronze foi para o russo Dennis Abliaznin.

O fato de competir em casa, com a pressão de manter o primeiro lugar e diante de adversários de nível mais alto do que de quatro anos atrás valorizaram ainda mais a medalha desta segunda-feira (15).

“A alegria maior foi a prata aqui [do que o ouro em Londres]. Esse resultado tem um gostinho a mais”, enfatiza o ginasta paulista de 26 anos.

O mais difícil, afirma Zanetti, foi de uma Olimpíada para outra lidar com a pressão para se manter no topo. Tanto que o ginasta chamou os atletas que conseguem esse feito, como Usain Bolt, a quem assistiu na decisão dos 100m domingo (14), de “mitos”.

“Eu mesmo trabalhei muito mais duro agora do que em 2012 e consegui a prata”, compara o atleta, que diz não ter ficado triste com o segundo lugar. “Gostei da minha série. O resultado pouco importava. O que importava era eu sair satisfeito”, completa.

A pressão de disputar no próprio país também pesou. O que forçou Zanetti a se cobrar ainda mais em termos de concentração.

“Eu passava na rua e todo mundo me dizia ‘traz o ouro’. E não é tão simples assim. Teve uma pressão a mais antes de chegar no Rio, eu mesmo me coloquei pressão também. Mas quando cheguei aqui esqueci tudo, deixei mídias sociais, porque não queria ler comentários de ninguém para me concentrar na minha prova”, argumenta.

Evolução

Zanetti também não deixou de elogiar a evolução da ginástica artística brasileira. Da primeira e até então única medalha em 2012, o próprio ouro dele, a modalidade saltou para três medalhas até aqui.

Além da prata nas argolas, o Brasil também conquistou, até aqui, prata e bronze no solo com Diego Hypólito e Arthur Nory.

“Muita gente falou para mim depois de Londres que levaria muito tempo para conquistarmos mais uma medalha. Mas já no ciclo seguinte conseguimos mais três, o que prova o crescimento da ginástica”, enfatiza.

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