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A negociação entre Atlético e a Lanik I. S.A., fornecedora do teto retrátil da Arena, endureceu. O diretor-executivo César França afirmou que os representantes da empresa espanhola só voltam a Curitiba quando o Rubro-negro pagar os 94 mil euros (quase R$ 306 mil) devidos.

"Minha paciência terminou", ressaltou. A empresa é responsável pela supervisão da montagem do teto. Segundo ele, todas as obrigações atribuídas à empresa na reunião de 16/10 foram cumpridas, como o envio de três técnicos especializados, ferramentas de pequeno porte e projetos com desenhos, além do passo a passo para a colocação das peças.

"Emitimos a fatura para o pagamento do que foi acordado e está registrado em ata. Eles não deram condições, equipamentos, mão de obra qualificada e facilidades para fazer o trabalho. Nossa parte foi feita", resumiu. Até agora, foram instalados os 24 motores e os trilhos para a abertura e o fechamento da estrutura.

O que mais preocupa o representante da Lanik é a falta de documentos prometidos pelo Atlético, como laudos de seguranças, de peças e de procedimentos. "Não vou voltar a essa obra enquanto não ver os projetos de segurança para os trabalhadores da Lanik e do Atlético. Tem de ter segurança", ressaltou. Mas só o pagamento dos atrasados faria a parceria ser retomada.

Se o silêncio rubro-negro continuar, a tendência é o desentendimento seguir nos tribunais. "Vou entrar com um processo judicial pedindo todos os projetos de segurança, estruturais, acesso aos cálculos e detalhes de como foi a manobra do guindaste para a colocação das peças", disse. "Ocorreu inspeção de equipamentos? Como estão os cabos de aço? Não temos nada. Esses equipamentos não são confiáveis", acrescentou. O Furacão já entrou com um processo contra a empresa na Justiça.

O presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, disse segunda-feira aos conselheiros que a obra ficará paralisada até janeiro. Quando os trabalhos forem retomados, a previsão de entrega do teto é março. Segundo França, o prazo é impossível. "Só montaram um lado. Tem de testar os motores e só isso leva uns 30 dias. Para a automação o processo é de 45 dias", explicou.

O executivo afirmou ainda que ninguém no Brasil tem competência para concluir a obra. "Se não tiver em conformidade, não faço a parte da automação. São 40 mil pessoas lá embaixo. Se esse teto vier abaixo, seria um acidente absurdo."

A empresa fez uma nova proposta ao Atlético para continuar na obra: 242.666 euros (cerca de R$ 776 mil), mas ainda não obteve retorno.

A reportagem solicitou um posicionamento do Atlético, mas não obteve resposta.

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