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Passado os infortúnios da Segunda Divisão, o Coritiba esboça agora uma nova planilha financeira. A primeira constatação é óbvia: a maior exposição na mídia, fruto do retorno à elite do futebol nacional, resultará em um orçamento bem mais robusto em 2011 – a previsão é que o clube feche esta temporada com uma movimentação financeira de R$ 30 milhões.

"Atualmente fica muito difícil fazer futebol com um orçamento anual inferior a R$ 80 milhões", admite Vílson Ribeiro de Andrade, vice-presidente coxa, já estipulando uma meta para o ano-novo, que ele mesmo reconhece "ser quase impossível de alcançar".

A cota de televisão, principal fonte de recursos dos times, irá dobrar, voltando aos patamares de 2009, o ano do rebaixamento, atingindo a casa dos R$ 12 milhões (fora o valor do pay per view). Há, também, o desejo de fazer o Couto Pereira – e a torcida – render ainda mais dividendos ao clube.

Planos ambiciosos. A estimativa, explica o diretor Ernesto Pedroso, é que o interesse em ver in loco o Alviverde enfrentar Fluminense, São Paulo e Grêmio, entre outros, possa fazer com que o quadro associativo salte dos atuais 17 mil torcedores para 25 mil, o que geraria uma renda mensal estimada em R$ 1,75 milhão/mês.

"Seria o suficiente para bancar as despesas do futebol", diz o dirigente, já projetando que os gastos com o departamento também devem se elevar – a folha salarial atual, com impostos, gira em torno de R$ 1,4 milhão/mês.

O planejamento prevê ainda a construção de novos camarotes e a exploração de painéis de publicidade. A expectativa é que somente as placas instaladas nas arquibancadas do estádio devam render mais R$ 500 mil a cada 30 dias. Números que serão incrementados por patrocinadores. O contrato com o banco BMG, anunciante master, termina no fim deste ano, mas já há conversações para a renovação. O mesmo raciocínio vale para a empresa Ira, especializada em peças para motos, que também estampa sua marca no uniforme coxa.

"Na Série A vendemos o clube de outra forma, estamos no centro da mídia. Qualquer negociação fica bem mais fácil", afirma Pedroso, que, ao lado de Vílson Andrade e José Fernando Macedo, coordena tudo o que é relacionado à bola. "O produto Coritiba volta a se valorizar, assim voltam os investimentos", acrescenta Andrade, pregando uma certa cautela por causa do enorme passivo administrado pela diretoria – extraoficialmente especula-se que o montante atinge a casa dos R$ 50 milhões.

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