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A bomba sobrou para a Torcida Organizada os Fanáticos. Principal suspeito de ter atirado o rojão no gramado da Arena durante o empate por 1 a 1 entre Atlético e Figueirense, no dia 18 de agosto, o torcedor Cristian Domingos Crosetti, de 30 anos, prestou depoimento ontem no 2.º distrito policial, em Curitiba, e negou a autoria do arremesso. Crosetti, que não quis falar com a imprensa, confirmou no entanto que a bomba partiu do setor onde se concentra a principal uniformizada do Rubro-Negro.

De acordo com a delegada Selma Braga, responsável pelo caso, o próximo passo será intimar o presidente da Fanáticos, Júlio César Sobota, o Julião, para contar a sua versão.

"Não resta dúvida de que a bomba saiu do local onde estava a Fanáticos. O Cristian disse que foi apontado como culpado sem ter nenhuma prova contra ele – e possivelmente por isso a Polícia Militar não o tenha detido no dia do jogo. As investigações vão continuar", afirmou a delegada.

Procurado pela reportagem, Sobota disse estar à disposição da polícia. "Desde que não seja na quarta-feira pela manhã, que é dia de ir na igreja", brincou, antes de comentar o episódio que quase tirou o goleiro Julian Viáfara de campo – o rojão estourou a poucos passos do colombiano, arrancando um tufo de grama. "Não posso afirmar, mas também fiquei com a impressão de que não tenha sido o cara [Cristian]. Eu desci no ato que estourou a bomba e perguntei para uns dez caboclos e quatro me disseram que viram ele [Cristian] apenas correndo. Eu queria assumir a bronca, mas não me deixaram", comentou. "Quem fez estava premeditado."

Mesmo com a liberação por falta de provas consistentes do autor do arremesso segundo a súmula do árbitro paulista Paulo César de Oliveira, o Atlético pelo menos por enquanto não corre o risco de ser enquadrado no Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – e perder o mando de campo de um a dez jogos, além de ter de pagar multa de R$ 10 mil a R$ 200 mil.

"Não quero falar em nada definitivo. Tenho de avaliar. Mas em princípio não muda muita coisa. A questão foi previamente arquivada", disse Paulo Schmitt, procurador geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A procuradoria tem até o próximo dia 18 para apresentar denúncia contra o Atlético.

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