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O passado colorado de Oscar cobrou sua conta. Por três longos segundos, logo após seu nome ser anunciado pelo sistema de som do estádio, ecoou a mais barulhenta vaia da tarde na Arena do Grêmio, maior até do que a dedicada à seleção francesa. Mas o presente do camisa 11 da seleção brasileira provocou a maior comemoração da torcida, ontem à tarde.

Oscar fez o primeiro gol da vitória brasileira sobre a França. Um luxo para quem já era o melhor jogador da partida – e da seleção de Luiz Felipe Scolari. A afirmação é quase matemática. Oscar começou aberto pelo lado direito do ataque. Logo veio para o centro do gramado organizar o jogo brasileiro. Quando Neymar se deslocava para dentro, ele corria para a esquerda. Se Paulinho arriscava a subida ao ataque, lá estava ele formando dupla de volantes com Luiz Gustavo. E quando Fred saiu da área receber o passe de Luiz Gustavo, Oscar apareceu para fazer um gol típico de centroavante.

"O Felipão gosta muito que eu faça isso [jogue em várias posições] e é uma característica minha. Sou um jogador que gosta muito de ajudar o time", afirmou Oscar, que diz não ter ouvido a reação ao anúncio do seu nome antes do jogo. "Não ouvi porque não estava em campo. O pessoal aqui em Porto Alegre – torcedor do Inter ou do Grêmio – gosta muito de mim e fiquei feliz por ter feito o gol", esquivou-se.

Na comemoração, Oscar gesticulava e gritava "Eu sou daqui", demonstrando identificação com a cidade. Sentimento correspondido aos 19 minutos do segundo tempo, quando foi substituído por Fernando. Aplausos entusiasmados dividiam espaço com vaias. Aplausos para Oscar. E vaias para Felipão, que tirou o melhor jogador do time.

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