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Jéci (3) e Renatinho (6) comemoram com o atacante Marcos Aurélio, que mostrou pontaria calibrada nas cobranças de falta para levar o Coxa à 7ª vitória seguida no Estadual | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Jéci (3) e Renatinho (6) comemoram com o atacante Marcos Aurélio, que mostrou pontaria calibrada nas cobranças de falta para levar o Coxa à 7ª vitória seguida no Estadual| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo
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A liderança folgada na tabela, o que se traduz em transformar o supermando em um objetivo cada vez mais real, e a sequência de sete vitórias consecutivas, algo que o 100% Coritiba só repetiu outras duas vezes na história do Estadual – 1976 e 2003 –, fazem o Coxa esbanjar otimismo nesse início de temporada. Para bater esse recorde de triunfos sucessivos e continuar soberano no campeonato, porém, o Alviverde pode tirar lições do mais recente capítulo desse cenário positivo, a vitória por 3 a 1 diante do Iraty, sábado, em Paranaguá.A falta de um atacante de referência na área, em decorrência da contusão de Ariel, vem limitando as opções ofensivas do time contra um oponente bem retrancado. Isso ficou claro. E foi apontado pelos próprios jogadores, contrariando em parte o discurso do técnico Ney Franco. "Não ter um atacante de referência dificulta um pouco", afirmou o zagueiro Pereira, autor do primeiro gol, de cabeça, que fez com que o Iraty tivesse de se abrir e desse ao Alviverde o espaço que não vinha encontrando para explorar seu ponto forte: a velocidade."A gente sente a falta desse atacante", admitiu Marcos Aurélio, ainda no intervalo do duelo. "Mas fazemos a função que o Ney Franco pediu", complementou o herói da noite, com dois gols e uma assistência. Sem um especialista na área, ele e Rafinha, avantes rápidos, eram as peças mais próximas da meta rival. Ney Franco até admitiu em Paranaguá que busca um reforço para a posição, mas destoou do grupo ao analisar a atuação do time sem a tal referência. "Criamos muito sem esse homem de área, o que faltou foi mais eficiência na conclusão", afirmou. "Talvez esse jogador faça falta em um campo menor", acrescentou.

O que se viu em campo, entretanto, especialmente antes de abrir vantagem no placar, é que faltam fontes alternativas de criatividade ao time. Quando o meia-atacante Rafinha é bem marcado – ou se ausenta por suspensão, como após a expulsão de sábado –, o Coritiba perde seu potencial criativo, dependendo de lances de bola parada ou de chuveirinhos para levar perigo ao adversário. Foi justamente se valendo de três cobranças de falta de Marcos Aurélio que o Coxa superou o valente Azulão sob o forte calor parnanguara.

Fruto do investimento pesado nessa artimanha. "Temos treinado muito essas faltas laterais. Essa jogada será forte nessa temporada", avisou Ney Franco, que só reclamou mesmo de uma coisa, a desatenção no lance do gol de honra do Iraty. "Podíamos ter 20 zagueiros e o gol sairia do mesmo jeito. Não podemos vacilar assim", cobrou. "Não dá para ter dó do adversário, tem de matar os caras. Perdemos vários gols e podíamos acabar penalizados por causa disso", finalizou.

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