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Rafaela Silva superou o trauma dos Jogos de Londres, ganhou cinco lutas com o apoio da torcida carioca e subiu ao inédito topo do pódio | Antonio Lacerda /EFE
Rafaela Silva superou o trauma dos Jogos de Londres, ganhou cinco lutas com o apoio da torcida carioca e subiu ao inédito topo do pódio| Foto: Antonio Lacerda /EFE

Rafaela Silva entrou ontem para a história do judô brasileiro ao se tornar a primeira judoca do Brasil a conquistar o título mundial. No campeonato disputado no ginásio do Maracanãzinho, no Rio, ela ganhou o título inédito na categoria até 57 kg após derrotar a norte-americana Marti Malloy na final.

Enquanto a seleção brasileira masculina já somava quatro títulos mundiais na história, a feminina ainda não tinha subido no lugar mais alto do pódio nesta competição. Mas o jejum acabou com Rafaela Silva, uma judoca de 21 anos, que teve uma campanha fantástica ontem.

No Mun­dial de Paris, há dois anos, Rafaela Silva tinha chegado muito perto do ouro, mas perdeu a final para a japonesa Aiko Sato. Desta vez, porém, contou com o apoio da torcida para poder conquistar o tão sonhado título, coroando também a ascensão do judô feminino do país.

As três medalhas do Brasil no Mundial, em três dias de disputa do Mundial, foram con­­quistadas pelas mulheres. Na segunda, Sarah Menezes ganhou bronze na categoria até 48 kg. No dia seguinte, foi a vez de Érika Miranda levar prata no peso até 52 kg. E o ouro saiu com Rafaela Silva, após cinco lutas.

A conquista no Mundial é uma espécie de redenção para Rafaela, depois da traumática eliminação na Olimpíada de Londres. No ano passado, ela perdeu a chance de ganhar a medalha olímpica ao ser desclassificada por um golpe ilegal, chorando bastante ainda no tatame. Depois, as críticas a magoaram; e serviram de incentivo para lutar pelo ouro.

"É muito bom poder mostrar para o pessoal que disse que lugar de macaco não era no judô, que eu tinha de procurar outra coisa para fazer", desabafou a campeã. "Hoje estou aqui mostrando que não depende da cor ou do dinheiro. Depende da vontade e da garra", finalizou.

Mais uma judoca brasilei­­ra lutou ontem. Também pela categoria até 57 kg, Ketleyn Quadros (que foi bronze em Pe­­quim-­­2008) perdeu logo na segunda luta, justamente para Marti Malloy.

No masculino, Bruno Men­donça, 9.º do mundo na cate­­go­­ria até 73 kg, conseguiu dois ippons nas suas primeiras lutas, mas acabou eliminado pelo bielorrusso Aliaksei Ramanchyk no terceiro duelo. O brasileiro abriu vantagem, vencia a luta após o bielorrusso levar três punições, mas acabou sofrendo um wazari e um yuko de Ramanchyk.

"O sentimento é de frustração, porque você treina todo dia para realizar um sonho, que é lutar em casa. Mas a minha esperança ainda não acabou, mas para frente terá a Olimpíada, que também será aqui no Rio. Estarei batalhando até lá para conquistar a minha tão sonhada medalha", disse Mendonça.

Hoje, o Brasil tem no tatame Katherine Campos (até 63 kg) e Victor Penalber (81 kg).

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