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Luiz Carlos Barbieri surpreendeu a todos logo em sua primeira entrevista como técnico do Paraná. De cara, o treinador deixou de lado o discurso de brigar para não ser rebaixado do antecessor Lori Sandri e cravou: a boa campanha credenciava o Tricolor a pensar em classificação para a Libertadores.

Para transformar o discurso em prática, porém, Barbieri encontrou dificuldades. Foram três derrotas seguidas nos seus primeiros jogos no comando da equipe. O time, então quarto colocado, caiu para a décima colocação. Os mais apressados chegaram a pedir a cabeça do técnico. Até mesmo a volta de Lori, envolvido com uma frustrada transferência para o Çaykur Rizespor, da Turquia, foi cogitada.

A vida de Barbieri à frente do Paraná começou a mudar a partir da contratação de seis reforços – Éder e Pierre viraram titulares absolutos e Sandro, apesar da reserva, já marcou quatro gols no campeonato – e da goleada de 4 a 1 sobre o Brasiliense.

Desde então, o Tricolor conquistou 13 dos 15 pontos possíveis, o que representa um aproveitamento de 86%. O jejum de seis jogos sem vitória se transformou numa invencibilidade de cinco partidas, o que fez o clube sonhar novamente com uma inédita classificação para o principal torneio da América do Sul.

"A gente está num momento muito bom e isso nos permite acreditar que dá para chegar na Libertadores", disse Edinho, que virou titular da lateral-esquerda após a chegada do técnico.

Os jogadores admitem que a ressurreição paranista na competição está diretamente ligada com uma sutil mudança na filosofia de jogo do time. O Paraná ataca mais atualmente. Nos oito jogos sob o comando de Barbieri, a média de gols do Tricolor passou de 1,6 para 2,1. Foram 16 tentos no período. Isso sem prejudicar o sistema defensivo. A zaga tricolor continua sendo a melhor do Brasileiro, ao lado do Internacional, com 36 gols sofridos.

"Esse foi um dos primeiros pedidos do Barbieri: melhorar o aproveitamento do ataque. Hoje, a marcação começa lá na frente. Além disso, a bola está chegando com mais facilidade para nós, atacantes", explicou André Dias, autor de sete gols no Nacional.

Tricolores

Suspensos – Os meias Rafael Mussamba e Mário César levaram o terceiro cartão amarelo na goleada sobre o Fluminense e não enfrentam o Figueirense, sábado, às 18h10, em Florianópolis.

Retorno – O técnico Luiz Carlos Barbieri contará, no entanto, com a volta do goleiro Flávio e do zagueiro Aderaldo, que cumpriram suspensão contra o Tricolor das Laranjeiras.

Dúvida – O lateral-esquerdo Edinho sentiu uma lesão na coxa esquerda na partida diante do Flu e pode desfalcar o Tricolor no sábado. O jogador foi submetido ontem a um exame, que acusou um edema muscular. Reserva de Vicente durante todo o primeiro turno do Brasileiro, Edinho só recuperou a posição com a chegada de Luiz Carlos Barbieri. "Eu falei para o médico que vou me tratar de manhã, de tarde e de noite. Não quero sair do time agora de jeito nenhum", afirmou o ala.

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