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Bruno Senna surpreendeu ao passar à terceira parte do treino de classificação e conquistar o sétimo lugar no grid em sua estreia pela Lotus Renault | Thierry Roge/ AFP
Bruno Senna surpreendeu ao passar à terceira parte do treino de classificação e conquistar o sétimo lugar no grid em sua estreia pela Lotus Renault| Foto: Thierry Roge/ AFP

20 anos

Schumacher "comemora" em último

O GP da Bélgica marca os 20 anos da estreia de Michael Schumacher na F1. E o piloto mais bem-sucedido da história fez a sua primeira corrida justamente em Spa-Fran­cor­champs, circuito que se tornou a sua "sala de estar".

No dia 25 de agosto de 1991, aos 22 anos, o alemão era apenas um substituto na Jordan. Ele partiu em sétimo (melhor posição da escuderia na temporada) e não concluiu a prova. Depois, foram sete títulos mundiais, 91 vitórias e 68 poles.

"Muita coisa mudou nesses 20 anos, mas a pista ainda é sensacional. Spa continua sendo a minha ‘sala de estar’, porque foi o palco de muitas coisas importantes", disse Schumacher, que irá correr com um capacete especial para a ocasião, folheado a ouro 21 quilates.

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Spa-Francorchamps - O abraço longo, sentido, de Eric Boullier, diretor da equipe Re­­nault, e Gerard Lopez, sócio, em Bruno Senna, ontem, depois de seu surpreendente e notável trabalho, na classificação do GP da Bélgica, foi revelador da sua gratidão ao piloto brasileiro. Ambos precisavam de um resultado desses, Bruno em sétimo, na frente do companheiro, Vitaly Petrov, décimo, para atenuar as críticas à decisão de dispensar o alemão Nick Heidfeld, a quem Bruno substituiu.O sobrinho de Senna estava entusiasmado. Sabe que foi muito além do que se poderia esperar de um piloto que não disputa uma classificação desde o GP de Abu Dabi do ano passado, com um carro desconhecido e sob condições difíceis, numa pista rápida e desafiadora, como Spa.

"Chamei o time, pelo rádio, e comuniquei que gostaria de arriscar colocar os pneus para asfalto seco, por haver uma trilha." Decisão de alto risco e que exige autoconfiança, em especial num traçado como o belga. "Em dois momentos levei grandes sustos, nas curvas velozes, mas controlei bem o carro. No fim, deu tudo certo, estou muito, mas muito feliz com o que conquistamos."

Mas Bruno fez questão de pedir calma com relação à corrida, de hoje, a partir das 9 horas (de Brasília). Sua análise é realista: "Eu não treinei largada com pista seca, ainda, não conheço o carro da Renault sem chuva em Spa, terei de descobrir tudo em plena corrida. Será muito difícil, não dá para esperar milagre".

O apoio da equipe ao seu trabalho tem importância grande na confiança demonstrada por Bruno com o sétimo tempo ontem. "Se conquistar alguns pontos amanhã [hoje] já estarei feliz diante de tudo ser novo para mim no carro da Renault."

Por enquanto, o contrato prevê sua presença na escuderia francesa apenas em Spa e na etapa seguinte, na Itália, dia 11, mas outro desempenho convincente neste domingo, como o de ontem, pode mantê-lo até o final da temporada, apesar da concorrência do francês Romain Gros­­jean, campeão da GP2, neste sábado, com o terceiro lugar em Spa. Ainda que seja outra realidade, outro tempo, Ayrton Senna, tio de Bruno, era um especialista na pista belga. Ga­­nhou cinco vezes: em 1985, com Lotus, e de 1988 a 1991, com a McLaren, em quatro oportunidades seguidas.

Ao vivo

GP da Bélgica, às 9 h, na RPC TV.

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