O administrador do Milan, Adriano Galliani, confirmou no sábado à noite que o pai de Kaká viajará hoje a Milão para negociar a eventual transferência do brasileiro para o Manchester City. "Na segunda-feira, o pai de Kaká (que assessora seu filho) chegará (a Milão). Mas não creio que o dia seja decisivo", declarou o dirigente depois da vitória do Milan por 1 a 0 sobre a Fiorentina, no San Siro. "Em todo caso, a decisão que for tomada será de comum acordo entre o clube e o jogador", acrescentou. "Não há ruptura alguma entre as duas partes, refletiremos e conversaremos".
Ao término da partida contra a Fiorentina, na qual o público do San Siro mostrou todo o seu carinho pelo brasileiro, Kaká abraçou quase todos os seus companheiros de equipe, em um gesto que poderá significar seu adeus. O jogo foi marcado por diversas manifestações da torcida milanista pedindo a permanência do brasileiro. Mas o próprio dono do clube, Silvio Berlusconi, evidenciou a dificuldade em manter o meia-atacante.
"É muito difícil segurar Kaká, provavelmente teremos de vendê-lo. Não podemos impedi-lo de ganhar um salário tão mais elevado do que o que recebe aqui. E não temos mais condição de aumentar o seu salário", afirmou.
O Manchester City estaria disposto a oferecer 110 milhões de euros pelo jogador. Ontem, porém, uma fonte não identificada próxima ao xeque Mansur, dono do City, desmentiu o valor ao jornal britânico The Observer. "Cem milhões, em libras ou em euros, é ridículo. É o dobro do recorde anterior por uma contratação e, no atual clima econômico, como se poderá amortizar algo assim ou um salário de 500.000 libras semanais? Muito mais coisas podem ser feitas com essa soma de dinheiro", afirmou.
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