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Paranaenses lideram "rali mais difícil"

Palmas (TO) – Ontem, após percorrer 334 quilômetros cronometrados sob o sol que em pleno inverno fustiga o cerrado brasileiro, o piloto Maurício Neves e o navegador Clécio Maestrelli seguem sem saber o que é ser ultrapassado no 15.º Rally dos Sertões. A dupla paranaense conquistou a segunda vitória em duas etapas. Eles cumpriram o percurso de Minaçu, no interior de Goiás, à capital de Tocantins em 4h59min17s, com uma vantagem de 5min43s sobre os segundos colocados, João Franciosi e Eduardo Bampi. No total geral entre os carros, os curitibanos lideram com 19min24s10 à frente dos vices Franciosi/Bampi.

A proeza dos competidores da Promacchina é ainda maior se considerada a dificuldade da competição. Seja pela distância, seja pelo grau de dificuldade, as primeiras seis das nove especiais (trechos válidos para as tomadas de tempo) são as mais difíceis do rali. Como a maior parte delas é inédita, os pilotos enfrentam ainda o obstáculo de não saber direito o que vem pela frente a cada curva.

"Está sendo, de longe, o início de Sertões mais difícil que eu já vi", revelou o líder Maurício Neves, que disputa a prova desde 2001. (FM)

Palmas (TO) – As idas e vindas a bordo de picapes 4x4 nas estradas de terra que levam às fazendas da família – em Tunas do Paraná e Adrianópolis – despertaram desde cedo o gosto pela aventura off -road e o apego à natureza no curitibano Fellipe Bibas. A relação próxima entre máquina e meio ambiente não poderia dar em outra coisa: amor ardente pelo rali. Agora ele vive intensamente essa paixão no Rally Internacional dos Sertões.

No coração do Brasil, o administrador de empresas de 31 anos encara um desafio à altura do seu desempenho em 2007 (o melhor desde quando pôs pela primeira vez um carro em uma trilha cronometrada, há seis anos): superar o mau começo e dar a volta por cima na 15.ª edição do maior rali das Américas. Líder dos campeonatos Paulista e Brasileiro de Cross Country e vice na Mitsubishi Cup, Bibas teve um contratempo durante o prólogo que, na quarta-feira, definiu a ordem de largada para a primeira etapa da corrida, de Goiânia para Minaçu (GO).

Ele e o seu navegador, Émerson Cavassim (em dupla desde 2005), capotaram a Mitsubishi L200 Evo Prom na tomada de tempo e tiveram de largar por último, tendo pela frente um obstáculo à visibilidade: a poeira de todos os outros carros. Na quinta, eles tiveram um problema mecânico e precisaram do resgate da equipe para terminar o trecho cronometrado.

Fellipe é pupilo de Maurício Neves, companheiro da equipe Promacchina, que está na ponta entre os carros no Sertões (junto com o navegador Clécio Maestrelli), e que também se dedica a ensinar pilotagem. Neves passou para o amigo as manhas das competições fora do asfalto desde 2001, quando Bibas iniciou sua aventura nos ralis. "Uma das coisas que me dá mais orgulho são as minhas criações, como o Fellipe", exalta.

Há 13 paranaenses levantando a poeira no Sertões 2007. Além de Neves, Maetrelli e Bibas, competem Alexandre Amaral, Alexandre de Souza e Marcos Pegoraro, entre os caminhões; Eduardo Bampi, Filipe Palmeiro e Roque Veviurka, entre os carros; e Alexandre Pismel, Elvis Bittencourt, Guilherme Ribeiro e Walter Bussadori, nas motos.

Hoje, da capital de Tocantins para o Alto Parnaíba (MA), os pilotos seguem para a terceira trilha especial (com tomada de tempo) do rali. A maior parte do trecho será percorrida em uma estrada de areia bastante sinuosa, com erosões e algumas "zonas de talco" (com muito pó). Será também a primeira etapa sem a permissão de apoio mecânico.

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