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Escalado para enfrentar o Remo na sexta-feira (o titular Artur cumpre suspensão por ter recebido o terceiro amarelo), o goleiro Kléber mantém uma vida dupla no Coritiba. Além de fazer as vezes do camisa 1, o arqueiro virou uma espécie de psicólogo paralelo do elenco.

É na figura do experiente goleiro de 36 anos, capaz de esnobar propostas de Flamengo e Corinthians pelo projeto de levar o Coxa à Primeira Divisão mesmo na reserva, que os jogadores se espelham nos momentos de baixa.

O prata da casa Renan, 21, foi o primeiro a procurar o auxílio de Kléber. Revelação no Estadual, o meia perdeu espaço por causa da lesão no púbis que o tirou dos gramados por 50 dias. O desânimo do jogador só era amenizado com conselhos do camisa 12, que religiosamente passava na sala de fisioterapia do CT da Graciosa antes de o treino começar para abraçar Renan. "O Klébão é um pai para mim, o meu melhor amigo. Foi ele que me enturmou com o grupo logo que subi dos juniores. E na época em que estava machucado, fazia questão de dizer que eu iria voltar bem", diz o armador.

Rodrigo Batatinha é outro que contou com a ajuda do goleiro para dar a volta por cima. Colocado para treinar em separado na época de Estevam Soares, foram nas palavras de incentivo de Kléber que o meio-campista encontrava forças para não desistir da carreira enquanto corria sozinho no Parque Barigüi para manter a forma física. "Ele nunca não me deixou abaixar a cabeça. Procurou me ajudar de todos os jeitos. Apesar de já ser um vitorioso, tenho certeza que o Kléber terá muitas alegrias no futebol. O cara merece", conta.

Além de ajudar na recuperação moral dos companheiros, o arqueiro ganhou uma terceira função do técnico Paulo Bonamigo. "O Kléber é um profissional exemplar. Só não é o titular por uma questão momentânea. E mesmo do banco, ele atua como uma espécie de auxiliar técnico, incentivando os jogadores a todo momento", comenta o treinador.

O reconhecimento satisfaz o camisa 12, cujo sonho atual é ser o goleiro titular do Coritiba na Série A em 2007. "Sempre fui engajado, procuro dar apoio e participar dos problemas. Não adianta só ficar escorado. Quero fazer o máximo para ser lembrado sempre", explica ele, que trabalha agora para levantar o astral de Keirrison e Vinícius, em fase final de recuperação de cirurgias no joelho direito.

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