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 | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Los Cardales, Argentina - No dia seguinte ao rebaixamento, o River Plate dominou todas as capas de jornais argentinos. Nas páginas, uma mistura da tragédia em campo e fora dele, com os incidentes provocados por torcedores após o empate por1 a 1 que levou os Milionários à Segunda Divisão do país pela primeira vez em 110 anos de história.

"River se foi ao descenso: caos e violência no final", estampou o Clarín. O La Nación afirmou: "O pior dia de sua história". O Diario Popular publicou "Declínio ao inferno", enquanto o Muy resumiu: "Foi". Por fim, o esportivo Olé escreveu: "River destroçado".

A imagem do choro do goleiro Carizzo, convocado pela seleção argentina para a Copa América, é um dos destaques. Há também muita reclamação em virtude de um pênalti não marcado pelo árbitro Sérgio Pezzotta, quando o River vencia por 1 a 0.

São dezenas de registros sobre a destruição do Monumental de Nuñez, promovida por parte da torcida alvirrubra. O estádio amanheceu interditado e assim permanecerá por uma semana, por determinação do Ministério Público, que fará investigações quanto aos incidentes. Há a suspeita de superlotação. Cinquenta baderneiros foram detidos, 25 policiais e 43 pessoas atendidas com traumatismos leves. Além disso, 15 automóveis ficaram danificados.

Ao mesmo tempo em que se inicia a busca pelos culpados, se iniciarão os reparos. Pelo menos para o momento, não há qualquer risco de que a praça esportiva deixe de ser a sede da decisão da Copa América, no dia 24 de julho.

"Temos tempo. Todas as entradas para o jogo decisivo já estão vendidas. Não vejo ainda nenhum motivo para que a partida não seja lá", declarou José Luís Meizner, pre­­­­sidente do Comitê Organi­za­­­­dor da competição, em entrevista ao canal Fox.

Os programas esportivos passaram a segunda-feira inteira tratando dos desdobramentos da partida. O futuro do presidente do River, o ex-jogador e técnico Daniel Passarela, é debatido com intensidade.

Até as rádios musicais o tema é discutido. Entre um tango e outro, o locutor pergunta: "O que aconteceu com River? E por que o ódio dos torcedores de Córdoba pelos portenhos? Somos todos argentinos".

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