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Como nas outras três partidas da Copa do Brasil no Palestra Itália, o Palmeiras encerrou a jornada sem sofrer gols. Mas, diferentemente das outras ocasiões, o ataque demorou a funcionar disputa com o Atlético-GO, na noite desta quinta-feira, pelo primeiro encontro válido pelas quartas de final da competição nacional. No jogo que registrou o recorde de público no estádio alviverde no ano - foram 23.892 pagantes -, o time de Antônio Carlos Zago pecou nas finalizações e e sofreu para conseguir a vantagem de na partida de volta. O gol só saiu aos 49 minutos do segundo tempo, na cobrança de pênalti de Cleiton Xavier.

Mas as arquibancadas se irritaram com Robert e Diego Souza, que não tiveram um bom desempenho em campo. No caso camisa do camisa 7 alviverde, as vaias e os insultos foram mais fortes e respondidas pelo atleta, que direcionou ao público que fica atrás do banco de reservas gestos obscenos e palavrões.

No Serra Dourada, na próxima quarta-feira, o Palmeiras pode até empatar sem gols que fica com a vaga. Na outra chave, Vasco e Vitória duelam por uma vaga à semifinal da Copa do Brasil.

Agora, o Atlético-GO volta suas atenções para a decisão do Campeonato Goiano. No domingo, a equipe de Geninho enfrenta novamente o Santa Helena, adversário derrotado na primeira partida da final por 4 a 0. Já o Alviverde, sem compromissos com Estadual, segue sua rotina de treinos para a competição nacional.

Palmeiras domina, mas não marca

Foi notável a mudança de comportamento do Palmeiras com o retorno do meia Cleiton Xavier ao time. Fora das últimas cinco partidas por conta de uma lesão no joelho, o camisa 10 do Alviverde dominou o meio-campo e armou as melhores jogadas da equipe, sempre com a participação de Lincoln. A dupla brilhou durante a primeira etapa, que teve amplo domínio do time da casa.

Logo aos 10 minutos, Cleiton Xavier esquentou o jogo na fria noite paulistana com uma bicicleta. Depois do cruzamento de Robert, o atleta tentou a jogada estilosa, mas a bola foi para fora. Dois minutos depois, ele tabelou com Diego Souza e Lincoln, que arriscou de primeira, mas não acertou o alvo.

O Atlético-GO só chegava ao gol alviverde em jogadas de velocidade, como no chute de Robston , que passou à direita da meta de Marcos. A outra boa chance do Dragão ocorreu novamente pelos pés do camisa 7 do time goiano, principal amador do time. Em cobranças de faltas aos 31 e aos 39, ele levou perigo ao time da casa. Mas o Palmeiras ainda se mostrava superior.

Aos 42, o Alviverde chegou a marcar, mas o árbitro Leonardo Gaciba anulou o gol de Robert acertadamente, assinalando impedimento. Pena para o torcedor palmeirense que deixou de comemorar um gol desenhado com belos toques de Cleiton Xavier e Lincoln.

Gol nos acréscimos e irritação com Diego Souza

Embora tenha encerrado o primeiro tempo sendo pressionado pelo Palmeiras, o Atlético-GO voltou para a segunda etapa de forma mais organizada e levando perigo ao gol de Marcos. Depois de cobrança de escanteio, aos 7 minutos, e confusão na área palmeirense, Marcão pegou a sobra e acertou o travessão do Alviverde.

A resposta palmeirense veio dos pés de Marcos Assunção, volante que fez sua partida de estreia pela equipe, em uma sequência de cinco escanteios fechados e perigosos contra a meta de Márcio. O jogo, mais aberto que no primeiro tempo, pegou fogo para os dois lados.

Na velocidade, o time de Geninho pegou a defesa palmeirense desprevinida e obrigou Marcos a fazer mais um de seus milagres em campo. Depois de jogada entre Robston e Tiago Feltri na esquerda, Marcão recebeu cruzamento e disparou contra o camisa 12 alviverde. A bela - e difícil - defesa do ídolo fez arquibancada homenageá-lo, enquanto ele agradecia aos céus, fazendo repetidamente o sinal da cruz no peito.

Para melhorar a frente, Antônio Carlos Zago sacou Robert, que não vinha bem na partida, e colocou Ewerthon. Vaias para o camisa 20 e aplausos para o seu substituto, que perdeu um gol incrível aos 24 minutos, num chute cruzado.

Conforme o tempo passava, o jogo ganhava contornos dramáticos para o Palmeiras. O plano de conseguir ao menos uma vitória simples para ganhar a vantagem no segundo confronto ficava cada vez mais difícil. O problema não era chegar no gol adversário, mas sim no arremate final.

O nervosismo passou a tomar conta dos palmeirenses nas arquibancadas. Insatisfeita com a apresentação de Diego Souza, a chamada "turma do amendoim" - grupo de torcedores que ficam nas cadeiras atrás do banco de reservas - xingou o meia quando substituído por Paulo Henrique. O camisa 7 respondeu com gestos obscenos e xingamentos.

Nos acréscimos, Paulo Henrique sofreu pênalti de Jairo. Era a chance de salvar a noite e garantir a vantagem. E foi o que Cleiton Xavier fez. O 1 a 0 sofrido e chorado fez o grito do torcedor ecoar no Palestra Itália.

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