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Liderados pelo goleiro Marcos, jogadores do Palmeiras provocam os santistas na Vila Belmiro | Leandro Amaral/AE
Liderados pelo goleiro Marcos, jogadores do Palmeiras provocam os santistas na Vila Belmiro| Foto: Leandro Amaral/AE

São Paulo - Em um clássico eletrizante na Vila Belmiro, o Palmeiras se impôs ontem sobre o Santos e renasceu no Paulista, vencendo de virada por 4 a 3. Contra Robinho, Neymar e o favoritismo santista, o time alviverde foi valente e até tripudiou nas comemorações de gol, imitando as molecagens recentes do rival. Já o jovem time da casa, que saiu à frente com dois gols, viu o fim de sua invencibilidade de dez jogos no Estadual.

Na surra aplicada no Naviraiense (10 a 0), pela Copa do Brasil, Neymar e Robinho comandaram as coreografias após cada gol. Incomodados, os palmeirenses repetiram ontem a brincadeira, na Vila Belmiro calada.

"Eles tiraram sarro dos santistas, isso é normal", disse o técnico Antônio Carlos, que permitiu a brincadeira. "Pode dançar, dar chapéu. Futebol é alegria." O goleiro Marcos evitou polêmica no intervalo, ao comentar o costume dos atletas do Santos. "Apesar de ter tomado gol, temos que respeitar porque a alegria do futebol é isso aí", disse o camisa 12.

Com pouco mais de 11 mil torcedores na casa santista, a partida não ficou devendo em emoção. Sete gols, alternância no placar e um herói, Robert, que marcou três vezes.

O Santos começou o jogo disposto a confirmar o favoritismo e achou espaço logo aos 10 minutos. Pará fintou Eduardo na esquerda e, ao tentar cruzar, deu um lindo toque que encobriu Marcos no canto oposto.

O Palmeiras, que já sofria com a falta de autoconfiança, sentiu o golpe. Para a sorte do Alviverde, no entanto, o time santista ficou à vontade com a vantagem e abusou do preciosismo. Bastante superior no início, errou passes e demorou a se aproveitar da fragilidade, psicológica e técnica, do rival. Aos 31, Danilo errou na saída de bola e o Santos aproveitou, enfim, um vacilo alviverde. Ganso lançou Neymar no meio da zaga palmeirense e o atacante tocou na saída de Marcos para ampliar.

Quando o jogo se encaminhava para o intervalo e a vantagem parecia consolidada, Cleiton Xavier cobrou falta da direita e Robert descontou de cabeça. No lance seguinte, o atacante marcou novamente em cruzamento da esquerda. O gol de empate deixou a Vila em silêncio, enquanto os palmeirenses ensaiavam uma comemoração desajeitada.

O segundo tempo começou no mesmo ritmo intenso da etapa inicial e o Palmeiras quase marcou no início. Restaurada a confiança, o Palmeiras se arriscou mais e virou o placar ao 11, com Diego Souza.

Aos 36, Ganso recebeu na entrada da área e encontrou Madson livre entrando pela esquerda para empatar em 3 a 3.

Os minutos finais foram vibrantes. O Santos foi para cima e deixou-se levar pelo nervosismo. No lance seguinte ao gol, Neymar deu uma entrada forte, em Pierre e foi expulso. Em tarde inspirada, o atacante Robert acertou uma bomba de longe, que pegou o goleiro Felipe mal posicionado. E virou mais um motivo para uma dança mal ensaiada, mas feliz, no gol que e selou a heroica virada alviverde.

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