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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Henrique Dias desperdiça consagração

Bola dentro da área, um corte para dentro, na entrada da pequena área, e Henrique Dias tinha tudo para virar o herói da classificação. Porém, um chute descalibrado, forte demais, mandou a bola por cima da trave. Na seqüência, gol de empate do Vitória e o camisa 11 quase vira vilão.

Por sorte, o Santo André venceu o Criciúma e "aliviou a barra". "Só erra quem está lá dentro. Em nenhum momento deixar de dar garra. Corri, tentei fazer os gols, mas errei o gol da vitória. Infelizmente, não vi o Keirrison", disse o jogador após a partida.

Os companheiros, assim como René Simões, naturalmente o eximiram de qualquer culpa pela não subida por conta própria. "Não podemos colocar nas costas do Henrique. Empatou, empatou todo mundo. Perdeu, perdeu todo mundo. Ganhou, ganhou todo mundo", disse o técnico, recorrendo a um surrado clichê da bola.

Fora de campo, o centroavante Gustavo, contundido, mostrou como é complicado também para quem não pode participar diretamente. "Pelo amor de Deus, é muito difícil ficar fora. É um nervosismo, você começa a tremer. Fui para o vestiário ver pela televisão", declarou. (André Pugliesi)

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Voltar à Primeira Divisão era obrigação. Festa mesmo, só com o título. Foi esse o espírito dos jogadores e comissão técnica do Coritiba logo após a confirmação matemática do acesso. O empate por 2 a 2 com o Vitória, ontem, no Couto Pereira, esfriou um pouco a comemoração. Ao invés da esperada celebração com os torcedores, a espera pelo segundo tempo inteiro de Criciúma e Santo André fez com boa parte dos atletas fosse para casa.

Na campanha do acesso em 95 também havia sido assim, mas a agonia durou menos: dez minutos. Depois de bater o Ceará por 2 a 0, em Fortaleza, teve de esperar a manutenção do 0 a 0 entre Remo e Mogi Mirim, que havia começado atrasado, para confirmar a passagem ao quadrangular final.

Ontem, os atletas que esperaram mantiveram o discurso oficial. "A gente estava esperando muito esse momento de subir. Foi um ano de muita pressão e entusiasmo. Foi um ano bom. Mas o que a gente quer mesmo é ser campeão", enfatizou o zagueiro Henrique.

O meia Pedro Ken, autor do passe para o gol de Fabinho, o primeiro de ontem, demonstrou um pouco mais de empolgação. Não escondeu a emoção por ajudar a reescrever em campo a história que ele viu sair dos eixos da arquibancada, como torcedor. Mas também reforçou que dever 100% cumprido, só com a faixa de campeão no peito.

"É um alívio, uma realização, sentimento de dever cumprido por tudo que passamos. Estava esperando muito isso, uma alegria muito grande. Mas quero mesmo esse título. Será uma emoção única subir e ganhar título de campeão brasileiro", afirmou o Japonês.

Com o término do jogo, muitos coxas-brancas se concentraram na sede da Império Alviverde, anexa ao estádio. Bastou o apito final em Criciúma para a celebração começar na organizada. E a barulheira atraiu também os dois garotos do Coxa, que se juntaram massa. No início da noite, cerca de duas mil pessoas já se concentravam na sede. Quem passava por perto de carro, incrementava a festa com um buzinaço.

Os dirigentes permaneceram no vestiário até o fim do jogo do Santo André. Era possível ouvir gritos do presidente Giovani Gionédis e do diretor de futebol João Carlos Vialle após a confirmação da vitória do time paulista. Com o acesso matematicamente garantido, os dois foram para a capela do estádio, onde rezaram.

Não demorou para a dupla chegar à sala de imprensa. Chorando, Gionédis anunciou oficialmente Vialle como seu candidato à sucessão. Sinal de que, com o retorno à Série A garantido e o título sendo apenas questão de tempo, a eleição presidencial vai temperar a festa da torcida coxa-branca.

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