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Delegação da Paraíba exibe a bandeira do estado durante a passagem pelo Torneio de Seleções de Futebol Americano | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Delegação da Paraíba exibe a bandeira do estado durante a passagem pelo Torneio de Seleções de Futebol Americano| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A longa distância (cerca de 3.200 km), o minúsculo interesse nordestino pelo esporte e também a falta de patrocínio não impediram que a Paraíba participasse do Tor­neio de Seleções de Futebol Ame­­­ricano. A final do evento será hoje, às 17 horas, no campo do Iguaçu, em Santa Felicidade.

Os 46 integrantes da delegação paraibana pagaram do próprio bolso para poder participar da competição. E não foi barato.

Com transporte (aéreo), hospedagem e alimentação cada um vai gastar, pelo menos, R$ 1 mil. Ajuda, só por parte da prefeitura de João Pessoa, que forneceu os uniformes usados pela equipe. Mas todos os equipamentos de proteção exigidos, como capacete, ombreiras e protetores de pernas e quadril não fazem parte do uniforme. Cada jogador teve de comprar seus próprios aparatos. Mais despesas para os atletas.

Esta é a segunda vez que a equipe paraibana participa de uma competição nacional. No ano passado, na estreia, a grande maioria dos jogadores entrou em campo com equipamentos emprestados ou alugados. "Nós nunca havíamos usado as proteções. Foi tudo novidade para nós", conta B.J. Guzman, um dos atletas.

Outra particularidade da equipe nordestina fica por conta da diversidade dos jogadores. Causa estranheza, mas o elenco da Paraíba conta com seis jogadores de outros estados – principal reflexo da falta de popularidade dessa modalidade no Brasil, sobretudo no Nordeste. Quatro são do Rio Grande do Norte, dois do Ceará e outros dois do Distrito Federal. Tudo, é claro, permitido pelo regulamento – que abre a brecha para que a equipe consiga o número mínimo de inscritos.

Com jogadores vindos de lugares tão diferentes, fica faltando (é claro) o entrosamento. "Eu nunca treinei com este time. Estou conhecendo os jogadores agora. Mas até já combinamos algumas jogadas", diz o brasiliense Felipe Vargas.

A mistura dos sotaques não para por aí. O técnico é americano. Kevin Graham veio de Atlanta. Apesar de apenas metade dos jogadores falar inglês, eles dizem não ter nenhum tipo de problemas na comunicação. "Tenho três jogadores que me ajudam a traduzir, e nos comandos gerais todos acabam entendendo, principalmente quando estou bravo", brinca.

Além dos 41 atletas e o técnico, a delegação da Paraíba conta com um reforço de quatro mulheres. São as namoradas de jogadores que acompanham o time e acabam servindo como equipe de apoio. Uma fisioterapeuta, uma enfermeira, uma jornalista e uma fotógrafa. "A gente acaba colaborando cada uma dentro da sua área", explica Rayza Miranda, no papel de assessora de imprensa da – por que não? – exótica equipe.

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