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Com Saulo, Vandinho volta ao ataque

Depois de três jogos atuando na ala direita e da suspensão na última rodada, o atacante Vandinho voltará a formar a dupla de frente com Josiel no importante duelo de sábado contra o Palmeiras, em São Paulo. "Até pedi para jogar de ala novamente, mas o treinador (Saulo de Freitas) acredita que, do jeito que está armando a equipe, é melhor eu ficar no ataque", contou Vandinho, que será o substituto do contundido Vinícius Pacheco.

A preferência do jogador por continuar na lateral vinha da boa partida que fez no 3 a 1 contra o Fluminense – última vitória do Tricolor, há quatro rodadas –, quando marcou um gol e participou dos outros dois. Mesmo que depois não tenha ido bem na derrota para o lanterna América-RN e tenha sido expulso logo aos 14 minutos da goleada para o Figueirense.

Saulo, que deixou claro não gostar de improvisações, o convenceu a voltar para o ataque. "Ele vem conversando muito comigo. Foi um grande goleador e tem bastante experiência para passar. No último treino, por exemplo, me pediu para entrar mais pela diagonal", contou Vandinho, que se motivou com as dicas do Tigre da Vila.

Nícolas França

Tricolores

Boletim médico – Seguem em tratamento o goleiro Flávio, o zagueiro Luís Henrique e o atacante Vinícius Pacheco, que dificilmente se recuperarão a tempo de seguir com a delegação para São Paulo no começo da tarde de amanhã.

Última vaga – A dúvida do técnico Saulo de Freitas está novamente entre os jovens meias Giuliano, que vem sendo titular nos treinos da semana, e Éverton, afastado por causa de um problema muscular na coxa direita.

A novela envolvendo Thiago Neves e o Paraná ainda não acabou. Após desistir de reverter o contrato que cede 60% dos direitos federativos do jogador à empresa Systema, de Léo Rabelo, o clube quer descobrir onde foram parar os US$ 80 mil (R$ 145,6 mil) a que tinha direito pelo empréstimo do jogador ao Vegalta Sendai, do Japão.

A transferência para a Ásia ocorreu no período entre janeiro e maio de 2006, quando o Tricolor ainda era dono de apenas 20% dos direitos federativos do atleta.

O caso é bastante complicado. Foi o primeiro a chamar a atenção para os negócios que estavam sendo realizados pelo presidente José Carlos de Miranda em parceira com o empresário Léo Rabelo.

Em um primeiro momento, Miranda colocou em ata que o jogador havia sido apenas emprestado ao time japonês por US$ 400 mil, dos quais metade ficariam com o clube e a outra metade com a L.A. Sports, então detentora de 50% do passe do atleta. O problema é que o dirigente nunca levou o contrato para o clube – que até hoje não tem o documento.

Para piorar, no meio do ano passado, quando Thiago voltou do Oriente, Miranda apareceu com outro contrato. No lugar do documento de empréstimo, surgiu um cedendo 60% dos direitos do jogador pelos mesmos US$ 400 mil. O clube ficou ainda com 20% referentes a Thiago. Parcela da qual o Tricolor só se desfez no meio deste ano em troca da quitação de uma dívida que tinha com a Systema e a L.A. Sports.

Tudo ficou assim até terça-feira, quando os Conselhos Normativo e Deliberativo, mais o presidente em exercício Aurival Correia, se reuniram para analisar a negociação. Foi quando perceberam que, além de praticamente dar o jogador aos "parceiros", na conta ainda faltavam US$ 80 mil.

Afinal, se os US$ 400 mil foram relativos à venda dos 60% do jogador – e o dinheiro realmente foi parar nas mãos de Paraná e L.A. – onde foi parar a quantia relativa ao empréstimo feito ao clube japonês?

A Systema, segundo Léo Rabelo, logo depois de adquirir parte do atleta o emprestou por outros US$ 400 mil ao Vegalta. Só que não repassou aos cofres do clube os 20% que, então, ainda pertenciam ao Tricolor.

Aurival Correia, o presidente em exercício, confirma que o dinheiro não entrou no caixa paranista. Segundo ele, que na época era vice de finanças, o Paraná recebeu pela venda da porcentagem à Systema, depois recebeu o relativo aos 20% do primeiro empréstimo ao Fluminense, mas nada vindo do Japão.

Recém-erguido à presidência do time da Vila, Correia é contido quando fala sobre o assunto. "Não [recebeu o dinheiro do empréstimo]. Mas não é bem assim...", diz, sem dar detalhes.

Ocimar Bolicenho, presidente do Conselho Normativo, tem uma explicação mais clara. "US$ 80 mil! É aí que está o furo", afirma. Ele também conta a reação de Miranda ao ser indagado sobre a questão na frente de toda a cúpula paranista: "Silenciou".

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