Paraná ansioso para rever o tapete da Vila

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O time do Paraná não vê a hora de voltar a jogar na Vila Capanema. Não apenas pelo fato de retornar para o estádio histórico, mas também por causa do gramado. Depois de um longo trabalho de tratamento e manutenção, o piso da casa tricolor está infinitamente melhor do que o do Pinheirão.

A recuperação do campo do Durival Britto começou em dezembro do ano passado. Depois de décadas de abandono, o terreno passou por um tratamento em duas etapas, realizado pela empresa Grasstecno (responsável por estádios como a Arena e o Couto Pereira).

"Começou com a descompactação do solo e o nivelamento do gramado. Através de furos na grama são ingeridos adubos, fertilizantes e é feito o controle de pragas", explica o vice-presidente paranista Valdomiro Gayer Neto.

Durante o primeiro semestre deste ano, a manutenção continuou sendo realizada diariamente. O elenco passou a treinar no máximo apenas duas vezes por semana sobre o piso em processo de recuperação, mas ainda faltava algo mais.

"Com a paralisação para a Copa do Mundo, fizemos o plantio da grama de inverno (rye-grass), que se misturou com a antiga e tornou o gramado mais resistente", diz Denis Renaux, sócio da Grasstecno.

A qualidade e o visual atual do campo fazem todos no clube esperarem ansiosamente pela volta para casa (em 20 de setembro, contra o Fortaleza) para esquecer o esburacado Pinheirão.

"Temos um time leve e técnico e em um campo bom dificulta a marcação. Não vemos a hora de voltar para a Vila porque até em partidas fora, quando o campo é bom, o rendimento tem sido melhor", comenta o zagueiro Gustavo.

Para alguns jogadores, a boa qualidade do gramado da Vila tem influenciado até nos treinamentos, sempre prejudicados pelo terreno quando ocorrem no Pinheirão.

"A Vila pode não ser um Maracanã, mas comparando com o Pinheirão já dá para jogar muito melhor. Quando fazemos o coletivo na Vila, rende mais", conta o ala-direito Angelo.

Para se tornar um Maracanã, toda a grama do estádio deve ser trocada no ano que vem. "A grama que esta lá é a São Carlos. Devemos substituir pela Bermuda, que é bem mais moderna e está atualmente nos melhores estádios do Brasil", revela Renaux, se referindo ao Beira-Rio, ao Couto Pereira e à Arena, entre outros.