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Caio Júnior não é mais o técnico do Paraná. A resposta oficial só virá na terça-feira, mas uma proposta financeira (e de trabalho) irrecusável do Palmeiras tira da Vila Capanema o comandante que classificou o Tricolor pela primeira vez na história para a Copa Libertadores.

Agora, para dirigir o clube no torneio internacional, o nome mais cotado é o de Gílson Kleina – 38 anos e atualmente no Sampaio Corrêa, do Maranhão. Ele já passou pelo Durival Britto no Brasileiro de 2004 (16 jogos, 3 vitórias, 1 empate e 12 derrotas).

Caio recebeu o convite oficial na quarta-feira passada enquanto participava do Footecon (congresso esportivo, no Rio) e pediu ao presidente José Carlos de Miranda um prazo para resolver até hoje. Mas, ontem, em contato telefônico, Caio avisou o dirigente da sua decisão e pediu para que a comunicação oficial só saísse na terça – para quando foi marcada uma entrevista coletiva no estádio Durival Britto.

A conferência com os jornalistas vai servir para o técnico agradecer ao Tricolor pela oportunidade, explicar os motivos que o levaram a aceitar o chamado de São Paulo e analisar o novo desafio na sua carreira.

O único fator que ainda faz Caio aguardar antes de anunciar sua transferência para o Palestra Itália é a oficialização da demissão de Jair Picerni no clube paulista.

O grupo que vai assumir o futebol palmeirense (liderado pelos conselheiros Gilberto Cipullo e Seraphim Del Grande) não aprova a permanência de Picerni e deve comunicá-lo da saída na segunda.

"Não posso confirmar nada oficialmente, pois tenho que aguardar uma posição", essa foi a única declaração de Caio sobre o assunto ontem, dada ao site Gazeta Esportiva, que o escolheu o melhor técnico do Nacional.

O ex-treinador do Paraná esteve incomunicável durante toda a sexta-feira. Porém, além de avisar sobre sua saída ao professor Miranda, ele também jantou com o auxiliar Júlio César Camargo. No encontro, Camargo foi convidado para acompanhar Caio no desafio de assumir o Palmeiras – o novo salário de Camargo seria de R$ 15 mil e o de Caio superior a R$ 60 mil.

"Nós não atrapalhamos a vida de ninguém. Se o Caio decidisse pela emoção ele ficaria no Paraná. Mas coloquei a ele que não deve se guiar apenas pelo coração. Nós não vamos colocar obstáculo. Terá apenas uma multa a ser paga", revela Miranda, referindo-se a taxa de três salários para quebra do contrato que vai até abril (cerca de R$ 45 mil).

O dirigente não quis confirmar a saída do técnico, mas deu todas as indicativas que já está atrás de outro nome para comandar o clube na Libertadores e demais desafios da temporada 2007. Defensor incansável do paranismo, o presidente exige que o futuro contratado tenha identificação com o estado. Por isso nomes especulados ontem (Zetti, Vágner Mancini, Gallo e Guilherme Macuglia) já estão descartados.

Entre os treinadores paranaenses ou com raízes locais, Luís Carlos Barbieri e Lori Sandri estão fora dos padrões salariais do Tricolor e negaram terem sido contactados. Paulo Bonamigo não foi cogitado e Gilson Kleina (que é curitibano) é a pessoa de consenso em toda diretoria.

"O nome dele está agendado", admite Miranda. "Não vai haver tempo de especulação. Assim que o Caio oficializar a saída vamos dizer quem é o novo técnico", explica.

Durante todo dia e parte da noite de ontem, Kleina não atendeu os telefonemas da reportagem.

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