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Lance de jogo do Paraná Clube na Vila Capanema.
Paraná Clube precisa fazer ajustes para seguir rumo ao acesso.| Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Gazeta do Povo

Líder da Série B, com 20 pontos, o Paraná Clube tem mais nove dias de preparação para retomar a maratona de jogos. O próximo compromisso será diante do Brasil de Pelotas, no sábado (26), pela 11ª rodada da competição. Período essencial no planejamento da equipe na busca pelo acesso.

“Estamos buscando evoluir e não vamos nos contentar até o dia 31 de janeiro quando acabar a competição”, destaca o técnico Allan Aal.

Listamos oito pontos que o Tricolor deve ajustar para manter o embalo da largada e, quem sabe, terminar a competição no G4:

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1) Paraná Clube precisa buscar reposição para peças-chave

Quando o Paraná perdeu o meia Renan Bressan, fora por duas partidas por causa de dores na coxa, o setor de criação sofreu. Ainda que a equipe tenha vencido por 1 a 0 o Figueirense, com Michel na função, foram poucas as oportunidades elaboradas no meio. No jogo seguinte, diante do América-MG, o time amargou derrota de 1 a 0 em uma partida tecnicamente abaixo do nível até então apresentado. Há uma negociação encaminhada para que Vitinho retorne ao Tricolor para se tornar mais uma alternativa na meia-cancha

A dificuldade na reposição de peças também aconteceu logo na primeira rodada da Segundona. O lateral-direito Paulo Henrique, então titular absoluto, ficou de fora por ter testado positivo para Covid-19 (falso positivo) e Toninho entrou em seu lugar. O rendimento não foi o mesmo na ala.

E as baixas no elenco podem ser não somente por lesão ou punições por cartões. O Tricolor conta em seu elenco com diversos jogadores que vieram por empréstimo e podem sair a qualquer momento se solicitados pelo clube de origem, casos que aconteceram com o atacante Gustavo Mosquito, devolvido ao Corinthians, e o zagueiro Thales, que retornou ao Inter para ser negociado.

2) Emplacar um camisa 9 decisivo

Atual centroavante, Bruno Gomes precisa ser mais eficiente. Em 10 jogos na Segundona, marcou apenas três gols. Outra opção para a função é o recém-chegado Léo Castro, que estreou na última rodada, diante do CRB, quando entrou já no segundo tempo.

Bruno Xavier, artilheiro do Juventus na Série A2 do Paulista, também está desembarcando no Ninho da Gralha e é mais um para a função. A briga pela titularidade pode causar uma disputa positiva e fazer com que um deles prove que pode ser o dono da 9.

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3) Manter o bom aproveitamento em casa

O Paraná Clube contabiliza 72,2% de aproveitamento nos jogos na Vila Capanema nesta Série B. Em seis jogo, são quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota em casa. Foi assim em 2017 que a equipe sacramentou o acesso. Na ocasião, o aproveitamento foi de 78,9% na Vila. Dos 57 pontos disputados no Durival Britto, 45 foram conquistados.

4) “Time grande não tem três tropeços seguidos”

Em dez jogos disputados, o Paraná não contabilizou nenhuma sequência de derrotas e nem de empates. Os placares negativos aconteceram de forma espaçada, na sexta rodada (1 a 0 contra o Vitória) e na nona (1 a 0 para o América-MG). Os resultados igualados surgiram na primeira rodada (2 a 2 com Confiança) e quinta (0 a 0 diante do Operário).

Após a vitória do time por 2 a 1 em cima da Ponte Preta, na sétima rodada, o técnico Allan Aal deixou claro que não é possível brigar pelo acesso somando sequência de derrotas: “Time grande não tem três tropeços seguidos. Tem que buscar sempre se recuperar”.

5) Melhorar a marcação nas bolas aéreas

O Paraná tomou sufoco com bolas aéreas em diversas partidas. Além da pressão na maioria dos jogos, sofreu gols dessa forma contra a Ponte Preta e o América-MG. Após o zagueiro Salazar, que tem 2 metros, entrar na defesa, o setor ganhou força no jogo pelo alto, mas ainda precisa ser mais consistente.

6) Paraná deve ser eficiente nas bolas paradas

Três dos 13 gols do Paraná surgiram de bola parada nesta Série B, todos após cobrança de escanteio. Contra o Avaí, o gol – contra – foi marcado após lançamento e bate-rebate na área. Diante do Guarani, foi Jhony Douglas que balançou as redes e, Fabrício, diante do CRB, também se aproveitou de bola alçada na área.

A altura de Salazar ajudou também a aumentar o perigo levado ao adversário nesse tipo de situação, mas o colombiano, apesar de ter chegado perto, ainda não assinalou nenhum gol. Cobradores oficiais de falta, o meia Renan Bressan e o lateral-esquerdo Jean Victor ainda não marcaram em chutes diretos.

7) Tricolor precisa fechar o ataque ideal com qualidade nas duas pontas

A escalação dos atacantes de lado ainda não está definida. Na direita, Gabriel Pires já começou entre os titulares na Série B em oito oportunidades, mas em todas foi substituído ao longo da partida. Nos outros dois jogos em que iniciou na reserva – dando lugar ao meia-atacante Guilherme Biteco –, teve a oportunidade de entrar, atuando em todos os jogos do time na competição. O camisa sete não marcou nenhum gol até o momento.

Já do lado esquerdo a rotatividade é maior. Gustavo Mosquito foi quem começou atuando no setor. Andrey herdou a posição assim que o companheiro retornou ao Corinthians. Logo na primeira oportunidade, o piá da base tratou de marcar logo dois gols na vitória por 3 a 1 em cima do Juventude. Porém, depois disso, o atacante não balançou mais as redes. Marcelo também já foi testado na posição e, também sem fazer jus à função, não balançou as redes.

8) Paraná Clube tem de evitar atraso de salários

Um dos receios do torcedor paranista é que a campanha regular que o time fez até aqui seja prejudicada por problemas financeiros. Situação que já aconteceu em anos anteriores, quando o Tricolor brigava pelo acesso, mas salários atrasados detonaram problemas com o elenco. A manutenção dos pagamentos dos jogadores é ponto essencial para que a equipe siga firme rumo ao acesso.

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